Brian Wilson: o génio relegado ao esquecimento
No dia em que escrevo estas palavras – 20 de junho –, faz 77 anos que nasceu na costa californiana Brian Wilson, a quem eu ouso apelidar de “o génio mais facilmente relegado ao esquecimento da história da música” (ufa, grande apelido!).
Antes de mais, para quem não está a fazer a associação, Brian Wilson era o “heart & soul” de uma das bandas americanas (mundiais!) mais influentes de sempre, quanto muito não fosse por causa de algumas obras. Mas já lá vamos.
Falo dos Beach Boys. Calma, calma, não atirem as cadeiras.
A maioria das pessoas associa Beach Boys a “Surf in USA” (de Chuck Berry) ou “Surfin Safari”, e mais coisas com ‘Surf’ no nome. OK! É justo. Mas tal como os Beatles foram muito mais do que “Yé, Yé, Yés”, os Beach Boys foram também muito mais do que “Surf, Surf”.
E uma prova disso, foi o disco pensado e criado precisamente por Brian Wilson em 1966, curiosamente após andar a escutar “Rubber Soul” dos… Beatles. Lançado como sendo da autoria dos Beach Boys, esse disco de –vamos ser realistas – Brian Wilson é precisamente o “Pet Sounds”. Um disco muito à frente do seu tempo, e já classificado pela revista “Rolling Stone” como o segundo melhor álbum de sempre, apenas atrás de Sgt. Pepper and the Lonely Hearts Club Band, dos Beatles.
Além da grandiosidade do já referido disco, que traz “Wouldn’t It Be Nice”, “Carolina No, “God Only Knows”, entres outras, Wilson deu-nos “Heroes and Villains”, “I Get Around”. Não esquecer “Good Vibrations”, que, inicialmente, era para constar de “Pet Sounds”.
Facto: é impossível negar o contributo deste “rapaz da praia” para a história da música. E o rapaz faz 77 anos! Muitos parabéns e muito obrigado, Brian Wilson, por “Good Vibrations”!
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Foto: Takahiro Kyono
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