Abriu-se a “Porta” do Céu
Quando falamos de The Doors, uma das primeiras coisas que nos saltam à cabeça é a melodia hipnotizante da introdução de “Ligth my fire”. Aliás, quando me deram a ouvir The Doors pela primeira vez, eu, no auge da minha adolescencia formulei a seguinte frase ” Porque me estás a dar música da igreja para ouvir?” Era inevitável. A primeira perceção que tínhamos (temos) dos the Doors é um Hammond a invadir a nossa mente. Esse Hammond, ou melhor, esse homem por detrás das teclas era Ray Manzarek.
Ray Manzarek faleceu a passada segunda-feira. Se Jim Morrison era voz dos the Doors, Manzarek era o SOM. Era o teclista e , convém não esquecê-lo, o baixista. Exato. Com uma mão imprimia as linhas de baixo e com a outra criava os devaneios melódicos a que facilmente associamos à mítica banda de Los Angeles.
Tinha um estilo de “geek dos computadores”, mas era um astro do Rock. Do rock? Não! DA MÚSICA. Ray Manzarek não merece estar confinado a um genero músical, tanto mais que ele próprio se assumia como um pianista de “Cocktail Jazz”.
Manzarek ajudou a imortalizar os The Doors, e agora o som dos The Doors vai imortalizá-lo a ele. Pois é! Imortalizar. Ícones assim não morrem, simplesmente “passam para o outro lado”.
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