Depois de uma noite atribulada, onde a sorte andou bem escondida, uma guitarra, uma bateria e quatro mãos foram suficientes para levar a festa ao Arco 8. A noite de 8 de Maio deixou um sabor agridoce na alma de quem por lá passou.

Esperava-se por uma estreia absoluta de Tio, com a sua espécie de grunge rock experimental e uma simplicidade deliciosa. Infelizmente Nuno Pereira, o autodidacta que dá vida a Tio, viu-se obrigado a pousar a guitarra por motivos de saúde. Mas descanse, a guitarra só fica pousada temporariamente e um regresso para breve ao Arco 8 está prometido!

As irmãs Reis, Júlia e Maria, também conhecidas como Pega Monstro, traziam debaixo do braço o seu segunda longa duração, “Alfarroba”, e na bagagem o seu primeiro álbum homónimo, que só por si valeria uma ida ao Arco 8. Adivinhava-se uma noite de rock, punk, guitarras estridentes e muitos saltos na galeria.

A primeira música só veio confirmar as preces, com uma entrada cheia de força e repleta de rockalhada. Mas o azar voltava a bater à porta e problemas relacionados com o som metiam uma pausa na festa. Pausa porque meia hora depois as miúdas voltaram a entrar com toda a energia do mundo, sob a alçada de um som cru, austero, bem ao jeito do punk rock que se fazia ouvir. Os três primeiros acordes bastaram para esquecer aquele tempo em que se conversava mais um pouco enquanto se esperava pela resolução dos problemas técnicos.

No final de contas, com todos os imprevistos possíveis, o saldo continuou a ser extremamente positivo numa noite de grande qualidade no bar-galeria. E mais virão! Para já, marque na sua agenda que o dia 23 de Maio é para ouvir Flávio Cristóvam no Arco 8!