Chegaram a ser a minha banda preferida – no tempo em que eu achava que toda a gente tinha que saber qual era a sua banda preferida – mas depois desiludi-me com o rumo que deram à sua música. Uma alteração que coincidiu com a saída do guitarrista Marco Nunes (depois tocou com Jorge Palma e Pedro Abrunhosa). Não sei se o som mudou porque o Marco Nunes saiu, ou se ele saiu porque não estava a gostar do novo som. De qualquer forma, acho que este “Often Trees” é o melhor álbum dos Blind Zero desde o longíquo “A Way to Bleed Your Lover” (2003). As guitarras voltam a ter uma presença dominante, há um som mais cru, e os teclados perderam espaço – penso que este é o primeiro álbum, em muitos anos, que não conta com a participação de Miguel Ferreira, dos Clã. O disco será editado no início de Outubro.