BORN A LION – III
Formados em 2006 provindos da Marinha Grande, os Born A Lion serão a esta altura desconhecidos apenas para os mais desatentos. Desde cedo que a banda não se mostrou rogada e muito menos tiveram alguma problema em assumir as influências por detrás do som do power-trio. Black Sabbath, Led Zeppelin, Deep Purple ou Cream são algumas das fontes de inspiração adotadas pelo coletivo e, igualmente, aquelas que se fazem ouvir de forma mais proeminente. Com referências desta qualidade já se tem um bom ponto de partida para se ficar pelo menos com vontade em conhecer melhor o coletivo e a música que pratica.
A caminhada do trio começou em 2006 com o lançamento de John Captain ao que se seguiu Bluezebu, em 2009. De um álbum para o outro manteve-se uma espécie de matriz blues em torno da qual orbitam a maioria dos temas e assistiu-se, igualmente, a um aumento da intensidade dos mesmos para que não restassem dúvidas que é o rock quem dita as leis. III é, como o próprio título indica, o terceiro longa-duração do trio composto por Rodriguez (baterista-vocalista), Nunez (baixo) e Melquiadez (guitarra). É também o disco mais direto e intenso da banda. Aqui não há espaço para baladas, grandes demonstrações de técnica ou arranjos complexos. Goste-se ou não, em III é-nos servido rock. Cru e duro como devia ser sempre.
É impossível ficar indiferente à pujança e ao ritmo contagiante incutido ao longo de todo o disco. Os ingredientes são muito simples: guitarras distorcidas, sujas e ensurdecedoras, voz aguerrida, riffs com toneladas de peso e um groove que nos agarra do primeiro ao último instante. São edições como esta que provam que o rock n’ roll está, de facto, vivo e de muita boa saúde.
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