Capitão Fausto: a ‘matrioska’ do Tremor
Estão a ver o que são ‘matrioskas’? Aquelas bonecas russas que se escondem umas dentro das outras. Os Capitão Fausto são a boneca maior, onde cabem, Manuel, Salvador, Tomás, Francisco e Domingos. Se retirarmos os últimos dois temos os Modernos, e lá dentro está ainda El Salvador.
Mudam os elementos, muda o nome da banda, e muda também a sonoridade. Se é por liberdade artística, ou por razões mais terrenas, como a necessidade de diversificar as fontes de rendimento, não sei. Mas sei que teremos o prazer de ver as três bandas no Tremor.
Capitão Fausto | 23h45 | Coliseu
Entraram de rompante na cena musical portuguesa com uma competência surpreendente, uma sonoridade fresca e atrevida, letras de qualidade e passagens instrumentais fantásticas.
Entretanto, amadureceram e lançaram “Pesar o Sol”, considerado por muitos como o melhor álbum português de 2014.
O que se pode dizer sobre as suas influências musicais? Que dificilmente poderiam ser mais interessantes. Inspirados pelos longínquos anos 60, os Capitão Fausto tocam um rock psicadélico e espacial com raízes em bandas como Pink Floyd, Yes ou Beatles, e que na atualidade encontra o paralelo mais óbvio talvez, nos Tame Impala.
Ficamos esta semana a saber que o terceiro álbum está pronto. Aguardamos com ansiedade.
Modernos | Tremor na Estufa?
Apesar de continuarmos a ouvir o timbre inconfundível de Tomás Wallenstein, a ausência de teclados revela imediatamente que estamos perante os Modernos. A banda deixa os acordes complexos, os ambientes etéreos e as estruturas imprevisíveis e abraça um rock directo.
El Salvador | 17h15 | Lisboa Menina e Moça
Lo-fi rock, com atitude punk. Simples e directo. Salvador larga as baquetas, agarra na guitarra e vem para a frente de palco derramar os seus lamentos ao microfone, e em solos de guitarra duros e suados.
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