É oficial, só os irmãos Lawrence sabem potenciar toda a qualidade de Sam Smith. Não é por acaso que “Latch” é uma das mais aclamadas faixas do álbum de estreia dos Disclosure e, cá para nós, o melhor registo de sempre de Sam Smith. Mas a história repete-se e o mega sucesso pop londrino volta a aparecer em “Omen”, o mais recente single do tão esperado album da confirmação do duo Britânico. Caracal tem data de lançamento marcada para 25 de Setembro e já conta com um single lançado, “Holding On”, com a participação de Gregory Porter.

A particularidade dos singles deste álbum é a sua conexão através de quatro vídeos interligados que nos querem contar uma história. O primeiro capítulo é narrado por “Holding On” e mostra-nos um mundo sombrio e reprimido, em que apenas Mariela, uma rapariga com uma espécie de superpoder, pode salvar a população. Com uma fotografia fantástica e um cast invejável a primeira reação é mesmo ficar imediatamente colado ao ecrã. E claro, a música… Um fantástico registo, com toda a identidade dos Disclosure, que insiste em mandar-nos para a pista de dança, mas com uma componente vocal muito forte que torna a faixa muito mais que um hit passageiro.

O seguimento desta enigmática história é feito por “Omen”, single lançado hoje e que conta com Sam Smith nos vocais. A faixa é daquelas músicas que entram na nossa cabeça e insistem em lá ficar. Forte, com um nível de qualidade digno e concordante com o que os Disclosure nos habituaram, mas talvez um pouco aquém das altíssimas expectativas de uma nova colaboração com Smith. Quanto ao vídeo, continua no mesmo registo que o primeiro, com uma qualidade visual fora de série, mas com menos sumo, com menos para dar ao enredo – aqui passa-se uma festa clandestina, com um público muito singular e interessante. Ainda assim, vale a pena ver no mínimo um par de vezes.

Torna-se cada vez mais óbvio que os Disclosure são qualquer coisa de especial. Depois de um álbum de estreia fantástico, que ainda soa nos nossos players dois anos depois, o álbum da confirmação parece que vai ser mais do mesmo – de chorar por mais. Mal podemos esperar!

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