Editors regressam a Portugal dias 15 e 16 de Outubro
A banda de indie-rock inglesa lançou em Junho de 2013 o seu 4º álbum The Weight of your Love. Produzido por Jacquire King, conhecido por já ter trabalhado com Norah Jones, Kings of Leon, Of Monsters and Men e apesar do seu forte contributo para o álbum, este não será o melhor exemplar para se começar a gostar de Editors, se bem que, há diversidade de melodias q.b. para que a banda também não nos seja indiferente.
Back Room foi o álbum de estreia, em 2005, em que encontramos uma das músicas mais conhecidas da banda – Munich – e que os catapultou para o sucesso tanto na Europa como nos Estados Unidos, seguiu-se An end has a start, lançado em Junho de 2007, e em 2009 lançam o In this light and on this evening.
Relativamente a The Weight of your Love lançado em Junho deste ano, os Editors fizeram o que se espera de qualquer artista – evolução – pegando no trabalho do passado para criar algo novo. Neste álbum descolam-se nitidamente das influências da música europeia e da “dance music” bem patentes no In this light and on this evening para passarem a envergar por uma linha mais moderna de indie-rock. Passam de um álbum claramente mais electrónico para um rock mais orientado para a supremacia da guitarra por vezes acompanhada por orquestra. Este 4º álbum da banda tem uma outra particularidade, é o primeiro desde a saída do guitarrista Chris Urbanowicz, que fazia parte da formação original da banda tal como Tom Smith (voz, letras e guitarra).
Apesar de ser fã de Editors há já algum tempo, confesso que este não é de todo um dos meus álbuns preferidos, nem meu nem dos críticos que têm arrasado The Weight of your Love, apesar de muitos fãs não partilharem da ideia esgotando já alguns concertos da tournée da banda. A não esquecer que estes senhores passam pelo continente Português já amanhã.
Alguns críticos dizem que este álbum se trata de uma tentativa falhada de os Editors se assemelharem a Coldplay, se bem que Tom Smith prontamente respondeu às críticas dizendo que o som do último álbum havia sido influenciado por bandas americanas como R.E.M. e Arcade Fire (estes últimos devem-se ter nacionalizado há pouco tempo pois tanto quanto sei eles sempre foram Canadianos ou isso ou alguém andou faltando às aulas de geografia).
Apesar da desorientação geográfica de Tom Smith, e apesar de alguma ambiguidade nas suas letras, a sua voz (um dos elementos pelos quais a banda se distingue) capta de imediato atenção logo na primeira música deste álbum – The Weight. Também não se pode ignorar o facto de nas músicas deste álbum haver sempre presente uma certa tensão, meticulosamente adicionada para que o ouvinte a sinta, se envolva e oiça o álbum até ao fim. Se bem que estes Editors estão longe de nos fazer lembrar os Editors do passado, e por mais que o álbum contenha músicas como Sugar ou Formaldehyde estas sabem a pouco, e deixam alguma nostalgia do passado da banda.
De qualquer forma não sei se uma ou duas músicas serão suficientes para “salvar” este álbum do fracasso, que muita gente associa à saída de Urbanowicz. A guitarra de Chris Urbanowicz muitas vezes foi o fio que manteve muitos dos momentos da banda palpáveis e talvez se ele não tivesse saído a banda não tivesse enveredado por esta tentativa (fracassada ou não – ainda não sabemos) de se americanizar.
Espero sinceramente que a banda recupere, pois músicas como Papillon fazem parte do meu Mp3 e este The Weight of your Love apresenta-se como um casamento pobre entre o rock Americano e o Inglês com alguns apontamentos indie, que não irá explorar nenhum novo território, mas que bem poderá ser a ignição de uma nova e emocionante aventura dos Editors no mundo da música. Assim o espero!
Hate can turn to love, not this for this human race – Editors
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