Os EYOT são Dejan Ilijic (piano), Sladjan Milenovic (guitarra), Marko Stojilkovic (baixo) e Milos Vojvodic (bateria), um quarteto de jazz provindo dos balcãs. Ao longo de três álbuns, o som dos EYOT evoluiu como já seria de esperar. O primeiro álbum, “Horizon” caracterizava-se por atmosferas belas e uma serenidade envolvente que certamente encheria as medidas dos fãs do jazz-rock. O segundo álbum da banda, “Drifters”, foi lançado contendo com melodias oscilantes à semelhança da estreia do grupo mas, ao mesmo tempo, notou-se uma evolução para uma estrutura musical mais concreta e uma estrutura pop mais vincada. Isto não quer dizer que o álbum tivesse sido menos conseguido, mas diferente.

O novíssimo álbum do quarteto sérvio, Similarity, eleva a banda a um outro patamar, conquistando uma coesão ainda maior o que se traduz ao nível da música debitada. As melodias continuam sendo uma parte fulcral do som dos EYOT, mas o groove e a consistência fornecida pela secção rítmica nota-se ainda mais neste álbum, levando a que o som final seja mais refinado e, ao mesmo tempo, provocativo. Ao fim ao cabo, o jazz tem o poder de espicaçar os ouvintes e fazê-los crescer musicalmente como nenhum outro género (esta é a minha singela opinião). Uma vez mais a banda contou com as participações especiais de Jake Mcmurchie (saxofone tenor) e Pete Judge (trompete) que ajudam a formar o novo rumo tomado pela banda. 
Similarity caracteriza-se por composições dramáticas de intensidade e ritmos que se mantêm coesos. Uma evolução interessante na capacidade criativa do quarteto, e um álbum capaz de agarrar muitos pela primeira vez.