A gíria futebolística diz que “em equipa que ganha, não se mexe”. A RTP vai adaptar o conceito ao Festival da Canção 2018, e vai manter o modelo que levou Portugal “levantar o caneco” este ano, na Ucrânia, com “Amar Pelos Dois”, uma composição de Luísa Sobral, interpretada pelo irmão, Salvador Sobral. Portugal encontrou uma fórmula vencedora ao convidar artistas de valor reconhecido para compor as canções concorrentes ao Festival da Canção, de onde sai o concorrente do nosso país para o Festival Eurovisão da Canção. O elevado valor artístico de “Amar Pelos Dois” – aliado a uma interpretação genuína e peculiar – fez a diferença na hora de agarrar o público europeu que, sem perceber uma única palavra de português, se apaixonou pela canção. Resta saber se os outros países vão adotar a mesma estratégia, ou se vão insistir no “fogo de artifício” e na “música fast food”

//////

Uma verdadeira chuva de estrelas no Festival da Canção 2018

Se, este ano, o modelo teve bons resultados, em 2018, a avaliar pelos compositores que aceitaram o convite da RTP, penso que a escolha da canção que irá representar Portugal será muito difícil. Não por – como aconteceu muitas vezes no passado – pela fraca qualidade das músicas a concurso, mas porque haverá, garantidamente, muitas grandes músicas. Jorge Palma, José Cid, JP Simões, Fernando Tordo, Mallu Magalhães, Miguel Ângelo, Francisca Cortesão, João Afonso, Aline Frazão, Capicua, Benjamim, Diogo Piçarra e Tito Paris, são os nomes mais sonantes da lista de 26 compositores. Uma verdadeira chuva de estrelas, a que se junta ainda Armando Teixeira, Bruno Cardoso, Diogo Clemente, Francisco Rebelo, Isaura, Júlio Resende, Nuno Rafael, Paulo Flores, Peter Serrado, Rita Dias e Janeiro. Resta saber quem serão os intérpretes de cada canção.

//////

Foto: © Direitos Reservados