Festival Tremor traz Sequin a Ponta Delgada
Para os mais distraídos, ou menos atentos, se preferirem: hoje, a partir das 16h30, Ponta Delgada entra em alvoroço. O mês de Abril, geralmente conotado com uma Revolução, cede mais um dia para a esta causa. Hoje é dia de revolução cultural nesta cidade.
É o Tremor. Durante toda a tarde e pela noite dentro haverá concertos ‘non stop’ em inúmeros lugares da nossa cidade, com vários artistas de diferentes ‘backgrounds’ e origens.
Ana Miró, habitual cúmplice de Gibóia, é uma das artistas que nos visita, trazendo o seu projecto a solo: Sequin. Adoro a voz, adoro a música, adoro o conceito. Quando comecei a pesquisar sobre os artistas que estariam presentes no festival Tremor, acabei por parar em Sequin, mais concretamente no tema “Beijing”, um cartão de visita fácil. O exotismo oriental consegue sempre prender-nos.
Quando ela canta “Beijing, Beijing…” consegue ser deveras hipnotizante. Nunca pensei que essa palavra pudesse soar tão bem.
Pesquisando na ‘net’, fui, aos poucos, encontrando mais trabalho de Sequin. A cover de “Physical”, de Olivia Newton-John, chamou-me logo a atenção – não fosse um clássico –, mas foi outro original de Sequin que me voltou a prender: “Naive”. Quando o tema arranca, levou-me aos anos 80. Façam as interpretações que quiserem, mas isso é um elogio. E dos grandes. Não é fácil conseguir-se ser atual, com uma sonoridade retro.
Sequin é leve. Não está carregado de arranjos e desarranjos. As coisas estão no ponto rebuçado, mais seria menos, e menos, bem, acho que seria menos na mesma.
A simplicidade é uma arte. É tão fácil ser complicado, mas é dificil ser simples. Não é preciso mais nada: temos a voz, temos os ‘synths’, temos Sequin. Ah, e temos “Beijing, Beijing…”.
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