Ghost Hunt: a promessa de um espectáculo especial no Tremor


Em tempos, um universo entre o punk e o indie separava dois amigos. Muitos anos depois Pedro Chau e Pedro Oliveira juntam-se e nascem os Ghost Hunt, num mundo de sintetizadores com sangue de Homem, de som viciante e de pé quente. A idade trouxe uma bem-vinda mudança de rumo e o final de 2016 trouxe o tão esperado EP. Depois de passagens pelo Sabotage Club, pelo Lisboa Dance Festival e pelo programa No Ar da Antena 3, a sonoridade única dos Ghost Hunt chega aos Açores pela mão do Tremor.

Os Ghost Hunt nascem no final de 2014 e desde então houve muita actuação ao vivo. Porque só recentemente nasceu o EP de estreia?

Isso aconteceu porque o nosso objectivo inicial era criar algumas músicas e tocá-las ao vivo. Só depois de algum tempo a tocar e a melhorar os temas é que achámos que seria a altura certa para os registar e passar a uma nova fase.

Depois de muito tempo de estrada há agora um EP forte, com carácter. O caminho dos Ghost Hunt passará mais pelo estúdio ou mais pelos palcos?

Queremos continuar a fazer as duas coisas, pois são ambas importantes para nós. Vamos continuar a experimentar e a procurar novas maneiras de fazer música em estúdio e, simultaneamente, encontrar formas de traduzir esse trabalho para um contexto de concerto.

Muitas vezes a música electrónica e as actuações ao vivo não convivem pacificamente – o que não acontece de todo com os Ghost Hunt. Como se dá vida à música sintetizada por máquinas?

É um facto que quando nos propomos a fazer música electrónica ao vivo surgem alguns desafios, mas sempre encarámos isso como algo positivo e como algo que nos poderia ajudar a tornar o nosso som mais único. Foi por isso que decidimos trabalhar sem computador e sem bases pré-gravadas. Procuramos ter uma abordagem pessoal e intuitiva às máquinas e usá-las à nossa maneira.

De qualquer forma, achamos que as pessoas devem ouvir a música pelo que ela é e não avaliá-la pela forma como é feita. Se alguém não ouve uma música porque é electrónica e acha que não vai gostar, está basicamente a afirmar que não vai gostar de algo que não conhece.

Os Ghost Hunt já tiveram em muitos palcos e festivais por todo o país. Há algum palco ou algum festival em que tivessem particular vontade de actuar?

Gostávamos muito de tocar em Paredes de Coura e é um enorme prazer ir tocar ao Tremor.

O que podemos esperar da actuação no Tremor? Alguma coisa especialmente preparada para o público açoriano?

Sim, vai ser um espectáculo diferente. As limitações em relação ao material que podemos levar levou-nos a criar um novo setup e novas versões dos temas, que agora são tocados com instrumentos diferentes.

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Foto: © Vera Marmelo

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