Indie U: The Killers – A razão do meu Indie homicida


É muito fácil para mim escrever sobre The Killers. Esta banda é, na realidade, o motivo pelo qual o Indie é tão importante para mim. É rock. É dançável. É divertido. É angustiado e doloroso. É “gritado”, mas melódico. É “guitarrado”, mas consistente. Uma miscelânea de “sabores” que me agarraram desde o primeiro dia.

Segundo consta, a primeira vez que ouvi esta banda foi na série The O.C. Sim, podem gozar. Eu vi a primeira temporada de The O.C. E, talvez, uma pisca da segunda. Que vergonha! Mas a realidade é que tinha uma banda sonora brutal, para além de adolescentes transtornados. A verdade é que  não lhes passei cartão nenhum a primeira vez que os ouvi. Passou-me  completamente ao lado. Meses mais tarde, em Setembro de 2004, caiu-me completamente a ficha. Na altura em que a MTV ainda dava música, não me canso de dizer isto, os The Killers surgiram na minha vida como um grito de desespero.

Hot Fuss, o primeiro álbum deste colectivo e motivo de toda a minha veiaIndie, saiu a Junho de 2004, teve como single de apresentação o potente “Somebody told me” e um dos meus temas favoritos de The Killers. Não consigo evitar sentir-me heart broken e pissed off com esta música, mesmo que não tenha nada a ver com o que se está a passar na minha vida. A voz desesperada de Brandon Flowers, os riffs de Dave Keuning, o groove de Mark Stoemer, e o ritmo Ronnie Vannucci Jr. fazem deste tema um full package, na minha opinião.

Este Hot Fuss começa logo a abrir com o tema “Jenny was a friend of mine”, com uma das melhores pistas de baixo que alguma vez ouvi. Encaixa tão bem. É perfeito! É mais um tema em que Brandon Flowers nos fala de uma Jenny. Existe aí um trauma amoroso, de certeza!

O tema que catapultou os The Killers para o spotlight foi, sem dúvida, “Mr. Brightside”. Acho que mais rapidamente identificam a música que a banda . Pelo menos naquela altura. Hoje em dia, penso que seria a “Human”, ou a “When you were young”, mas isso são conversas para um próximo IndieU.

Antes de terminar, gostaria de chamar a atenção para o tema “All these things that I’ve done”, uma música com atitude e mensagem revolucionária. Cantando “I’ve got soul but I’m not a soldier”, reivindicam que estão prontos para lutar, não com armas e bombas, mas com o poder das palavras e da música. Vou sempre adorar este tema e vai sempre lembrar-me do porquê de ser artista e de como vale a pena lutar para que o nosso trabalho seja visto. Há sempre alguém a quem a nossa mensagem vai chegar e vai tocar.

Espero ter tocado em alguém, não no sentido literal, mas que ao menos tenha aguçado a curiosidade de “trincar” este Hot Fuss, dos fenomenais The Killers, que estarão este ano em Portugal no Super Bock Super Rock. Um concerto a não perder!

 

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