Jardim Sagres Fest | Dia 1 | Não houve cinema mas Mendrix deu-nos o filme
O primeiro dia do Jardim Sagres Fest, já foi, e foi com classe!
Se o ano passado foi bom, este ano está melhor. O espaço envolvente está mais bem aproveitado, com o artesanato e as barraquinhas de comida bem distribuidas ocupando uma maior porção do Jardim António Borges. De resto, o esperado: um maravilhoso ‘background’ para qualquer concerto, com as árvores iluminadas e bem iluminadas, reforçando a beleza do espaço.
Ainda em relação ao ano passado, a pontualidade já não foi a mesma, no entanto, essa situação ficou resolvida, tendo a organização recuperado o tempo.
Falando da música, no palco sunset, os Tio foram “recebendo” a malta que ia chegando. Um estilo descontraído de grunge, ou alternative grunge, como eles próprios assumem. Ainda por cima em trio, como manda o manual do grunge.
Não houve cinema. O público ficou assim privado da retrospectiva da carreira de Phil Mendrix, mas não ficou privado dele, que subiu a palco acompanhado por dois músicos locais, e o resto… bem, o resto é Mendrix. O homem “Rocka” com aquela idade de maneira que muitos jovens nem se aproximam. Boa disposição, jovialidade, “riffalidade”, o Phil tem “Philling”. Com alguns temas da sua carreira, inclusive desde os Chinchilas, o homem encheu as árvores do jardim. Ia jurar que vi aquela grandalhona a bater as raízes. E ainda houve tempo para “Crossroads” e “Gimme some Lovin”. Só hinos blues.
Mas o verdadeiro hino viria quando ele se preparava para tocar mais um tema a pedido do público. Deu a entender que seria “Whole Lotta of Love”, dos Led Zepellin. Não houve tempo. Organização: TEM DE HAVER TEMPO PARA LED ZEPELLIN! O Mendrix ia tocar Led Zeppelin! E pelo ar dele, ficou tão desapontado quanto eu por não ter dado “chumbo”.
Não houve Zeppelin, mas houve Benjamim. E devo dizer que fiquei surpreendido. Apesar de ter escutado o seu disco “Auto-Rádio” com atenção, fiquei sempre reticente em relação ao que seria a sua prestação em palco. Excelente. Ora na guitarra , ora nas teclas, Benjamim mandou umas malhas do ‘synth’ que me convenceram de imediato. Bem, quase de imediato: Nos primeiros temas ainda estava com o chip de Mendrix (Chip Mendrix?). Mas Benjamim deu a volta ao marcador, e todos cantaram que ‘o Quinito tinha ido para a Guiné’.
Hoje há mais!
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Fotografia: Joana Camilo
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