Jardim Sagres Fest no Parque Urbano


O Parque Urbano é a nova casa do Jardim Sagres Fest, o festival que este ano aposta no rock dançável de X-Wife, na eletrónica de Rui Maia, no blues de Luís Barbosa, e no pop rock alternativo de Quiet Bottom.

Na sexta-feira, X-Wife, nome mais sonante do cartaz, e uma banda com muitos anos de experiência, trazem na bagagem o seu mais recente álbum, editado em abril deste ano depois de uma longa paragem de sete anos. Do novo álbum, destaque para a festa de “Boom Shaka Boom” e para “This Game”, primeiro single. Vai ser, certamente, um grande concerto.

Depois, João Vieira e Fernando Sousa saem de cena, e Rui Maia fica em palco para tocar a música que cria em nome próprio, e que deverá passar por temas de “Fractured Music” o álbum editado durante o período em que os X-Wife estiveram parados e cada membro se dedicou a outros projetos.

O Manuel Silva, descreveu assim o álbum aqui no Meia de Rock: “Acabou-se o funky disco, as guedelhas afro e os Ray Ban. Agora é a sério, prepare-se para estremecer juntamente com a pista de dança, prepare-se para um minimal de perder a cabeça!”. Considere-se avisado.

Ainda na sexta-feira, atuam os açorianos The Quiet Bottom, o projeto liderado por João Melo e Marcos Falcão que recentemente venceu o concurso de bandas realizado no Baía dos Anjos. No atual mar de bandas de covers, são uma marca da resistência na aposta da criação de música original na ilha de São Miguel. Da melodia mais sentimental à explosão de distroção nas guitarras, os Quiet Bottom mostram muita dinâmica e muita segurança em palco. Destaque para a excelente voz de João Melo.

No sábado, o nosso destaque vai para Luís Barbosa Band, o bluesman micaelense que ainda este ano lançou na internet o seu primeiro conjunto de canções, a que chamou “Dust to the Sky”.

Além da música, o Jardim Sagres Fest volta a apostar na gastronomia de rua e numa atuação dedicada aos mais novos, que este ano está a cargo de Mozart Clown, e será no sábado.

Passar para um espaço novo, sem a mística e a beleza do Jardim António Borges, é um desafio, e o sucesso do festival pode bem depender muito da forma como o espaço estiver organizado e do ambiente que for criado, para que o público se sinta confortável como no Jardim António Borges.

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