O mar, a praia, o espírito da amizade e a música do mundo estão de volta! De 23 a 25 de agosto a Praia Formosa recebe o festival mais festival dos Açores pela 34ª vez e, como sempre, o cartaz é o menos importante. Bom, não é o menos importante, mas a Maré de Agosto ensinou-nos a descobrir um mundo novo com os mais improváveis nomes, sendo sempre garantida uma experiência inesquecível. Desde uns inimagináveis D.A.D. até a uns Kissmet completamente desconhecidos – que partiram tudo com música de sabor a caril -, naquele pequeno palco de costas viradas para o mar já se viveu muito.

A edição 2018 não poderia ser exceção e o cartaz praticamente fechado já nos faz desesperar por aquele fim de semana de descoberta na ilha do Sol. Há descoberta certa com o hip hop embebido em Soul de Yarah Bravo, a música dos Balcãs dos Dubioza Kolektiv (na foto) ou o jazz de sangue africano de Orlando Julius & The Heliocentrics. Mas também há nomes bem familiares de qualquer amante de música como o fado de Camané, a música do mundo dos Terrakota, o reggae dos Groundation ou, claro, os incontornáveis Ronda da Madrugada, que prometem levar ao rubro um público que tão bem conhecem.

Desde sempre, a Maré de Agosto habituou-nos mal com memórias que perduram. Talvez pela magia daquele lugar, ou pela amizade daquelas pessoas, é impossível zarpar de Santa Maria sem vontade de voltar. Já voltamos uma dezena de vezes e vamos continuar a voltar. Ainda assim, continuamos a sentir falta do pequeno palco Castelo e, talvez por já não termos a idade de outros tempos, não conseguimos ficar felizes com concertos que começam tarde de mais para quem acorda com o sol de Santa Maria numa “casa” de campista. Lá teremos que passar o fim de semana em claro – mas vai compensar!

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