Maria Bettencourt estreia primeiro tema original


Acabas de tornar público o teu primeiro tema original, “Colorblind”. Em que ponto está a gravação do álbum?

Por enquanto não há nenhum álbum a ser feito. Estamos apenas a juntar um bom número de músicas, todas elas originais, para mais tarde fazer ‘showcases’, mostrá-las a editoras e, se tudo correr bem, encontrar alguém que esteja interessado em nós e no nosso trabalho. Aos poucos, vamos mostrando algumas ao público e ver como este as recebe.

“Colorblind” já faz parte do alinhamento dos teus concertos?

Ainda não. Tenho continuado a cantar com os DeQuandoEmVez (e espero continuar a fazê-lo sempre), que é uma ‘cover band’ onde, para além do meu pai e do Raul Cardoso, tenho a oportunidade de pisar o palco com o Michael Sousa (vocalista) e o Paulo Fonseca (baterista). Este projeto de originais ainda não foi apresentado em público, e continuará assim por mais algum tempo. Até acharmos que está na altura de avançar com os concertos ao vivo.

O que podes adiantar sobre os temas que estão a ser preparados?

Os outros temas são todos do género do “Colorblind”, uns mais calmos, outros mais agressivos, mas tudo do mesmo género. Aquele rock de anos 80 e 90. Temos cinco prontos e, como é óbvio, vamos continuar a trabalhar em mais.  Ainda não temos data de estreia do próximo tema, mas, mal tenhamos, saberão pela minha página do Facebook. Queremos, primeiro, deixar o “Colorblind” rolar bastante nas rádios e redes sociais e então depois lançar outro tema. Todas as músicas estão a ser gravadas no RC Estúdios, em Angra do Heroísmo, pelo Raul Cardoso, também baixista da banda, com o meu pai na guitarra e o Zé Arruda na bateria.

Está prevista alguma participação especial, além dos elementos da banda? 

Por enquanto não há nenhuma participação especial, mas nunca se sabe o que poderá vir a acontecer!

As reações ao vídeo “Colorblind” têm chegado de vários países. Até onde é que achas que podes chegar com a tua música?

É uma pergunta um pouco difícil de responder. Quero que a minha música chegue ao maior número de países possível. Não posso escolher apenas dois ou três, porque todos eles são importantes. Quanto maior o número de pessoas a ouvir a minha música, melhor. Sejam de onde forem. Só o tempo irá dizer onde posso chegar com o meu trabalho.

Qual o teu papel no processo criativo?

Tenho que confessar que ainda sou muito verde na área da composição. Tenho deixado essa parte, também, para o meu pai. Mas já fiz uns rascunhos e espero poder aperfeiçoar a minha escrita no sentido de começar a compor para este projeto de originais. Visto que não as escrevo, o que tento fazer é tornar as músicas o mais “minhas” possível. O meu pai mostra-nos o que tem em mente e eu agarro as músicas à minha maneira, dou o meu toque às coisas. Como todos nós na banda.

O que é que andas a ouvir agora e quais são as tuas referências musicais de sempre?

Tenho um top 4 de ‘oldies’ que ouço há muito tempo, e continuo a ouvir. Beatles e Led Zeppelin, que são as minhas maiores referências, Queen e Aerosmith. Fora essas, ouço muito Paramore, Tyler Bryant and the Shakedown, Rihanna, Paul McCartney, Extreme, Lady Gaga, que adoro, entre muitos outros. A lista nunca acabaria.

A “herança” musical do pai e do tio Bettencourt

Encaro esta herança com orgulho, apenas. Tenho uma sorte enorme por ter uma família tão talentosa. Claro que qualquer ajuda é bem-vinda, e ambos têm-me ajudado bastante, principalmente o meu pai. Mas se chegar a algum lado, não quero que seja por ser filha do Luís ou sobrinha do Nuno. Quero que as pessoas olhem primeiro para a minha música e para meu trabalho. É óbvio que não posso evitar que me relacionem com eles, nem quero. Afinal, estamos a falar do meu pai e do meu tio. Mas não tenho receio que me vejam como “a filha” e “a sobrinha” Bettencourt porque, na realidade, é o que eu sou. Quero apenas que me vejam, primeiro, como a Maria e então, depois, como a filha e a sobrinha Bettencourt.


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