“Millenial Shit” é o primeiro álbum de Fugly


Como se entra para as áreas secretas dos jogos do Tony Hawk? Qual a melhor cor de calças? Cerveja: gelada ou morninha? Foi a procura de respostas a estas três questões fundamentais que juntou Pedro Feio, Rafael Silver e Nuno Loureiro. Se já chegaram a alguma conclusão em relação a estas matérias, não sabemos. Mas sabemos que fizeram muito bem em dedicar à música parte do tempo de passam juntos.

Parece que tudo começou quando Pedro Feio se fartou de estar atrás da mesa de mistura e começou a querer subir de vez em quando ao palco. Desta vontade de querer saltar da sombra da cabine de som para as luzes da ribalta nasceram, em 2015, os Fugly.

A banda oriunda do Porto acaba de lançar “Millennial Shit”, o primeiro álbum, e têm à sua espera uma ‘tour’ com 27 datas, em Portugal, Espanha, França, Alemanha, Holanda, Bélgica e Itália. Entre os dias 9 de fevereiro e 5 de abril, os Fugly vão percorrer milhares de quilómetros, e espalhar o seu punk rock por sete países diferentes.

O “muito sangue, suor e lágrimas” que a banda diz ter despendido para chegar até aqui, sente-se a cada compasso de um álbum cru e direto. Ou, como a própria banda caracteriza o seu som: “curto e grosso”. No seu processo de “busca do caos e da excentricidade frenética do noise e do garage, bem como a cura para a ressaca”, os Fugly não perdem tempo: a maior parte dos temas tem menos de três minutos.

Adeptos de riffs simples e coesos, muita intensidade e atitude, estes rapazes até podiam vir de outra década: aderiram ao revivalismo da cassete – o primeiro EP, Morning After, de 2016, foi lançado neste formato – e as suas grandes referências musicais, como Jimmy Hendrix ou Jonh Lennon, já nem estão vivas.

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Foto: © André Coelho

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