Começou em Sintra e rapidamente seguiu para Lisboa e Porto. Vieram Coimbra, Vila do Conde, Espinho, Figueira da Foz, Caldas da Rainha, Braga e Aveiro. Dead Combo,  John Talabot, JP Simões, Rodrigo Leão e muitos outros passaram por todo o país – o país continental diga-se – e finalmente chegou a nossa vez. O Teatro Micaelense, no ano de estreia do Misty Fest nos Açores,  dá as boas vindas a Dom La Nena no dia 12 de Novembro. A multi-instrumentalista regressa ao mais geograficamente disperso festival do país, depois de ter passado em 2015 pelo Pequeno Auditório do CCB, em Lisboa.

Diz-se por aí que naquele dia pôs todo o auditório de pé. Não temos a mínima dificuldade em acreditar nas ‘más’ línguas, que de mau têm pouco. A deliciosa voz em português de sotaque do Brasil, embebida em sons de pureza ímpar, com o poder da profundidade e riqueza da simplicidade, elevam a música de Dom La Nena a um patamar que todos procuram – aquele patamar em que o público sente que partilha a música com a artista, que esta ou aquela música é sua. A completar tudo isto há um humor singular e uma presença que promete ser inesquecível, com Dom a tomar conta de todos os instrumentos em palco.

Nos últimos dois meses, Dom La Nena esteve pelo mundo. Esteve na China, no Brasil e na França, na Letónia, na Noruega e na Áustria. Finalmente traz a sua música transversal ao meio do Atlântico. Dizem os entendidos que “Ser ‘Misty’ é acreditar que há espaço para fazer a diferença com dimensão e relevância”. Ponta Delgada está cada vez mais cultural, cada vez mais ‘Misty’ e, sem qualquer sombra de dúvida, não seria a mesma coisa sem o Teatro Micaelense e, claro, sem Dom La Nena.

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Foto: JEREMIAH

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