O verão avança, os festivais sucedem-se, e a paciência desespera por ver nomes consagrados e nomes por consagrar nos palcos açorianos.

Há já alguns anos que o Monte Verde Festival é dos que mais e melhores expetativas tem sabido criar nos festivaleiros, e este ano promete não ser diferente!

A aposta na música açoriana tem sido uma constante por parte da organização do Monte Verde, mas creio que este ano se tornou mais evidente, quanto mais não seja pelo “recrutamento” de duas das mais experientes bandas dos Açores: A Ronda da Madrugada (Santa Maria) e Passos Pesados (São Miguel).

Se calhar para uma grande fatia do público presente no Monte Verde, são nomes que poderão não dizer muito, mas para quem já virou uns quantos frangos na vida, a banda folk de Santa Maria e os criadores do “Fuel” estiveram presentes várias vezes.

Com a sua sonoridade mais étnica e energia contagiante, a Ronda da Madrugada promete aquecer a noite de 12 de agosto. O seu Folk Rock – creio que podemos usar a expressão world music sem reservas – é garantia de uma noite bem passada. O pessoal da Ronda é “rodado”, sabe o que faz. É daquelas bandas que existem para tocar ao vivo. Para ouvir e cantar… que eles deixam!

Outro nome “pesado” (literalmente) da cena musical açoriana são os Passos Pesados. Com mais de 20 anos de existência, a banda trouxe-nos entre outros também conhecidos e reconhecidos temas, o clássico “Fuel”. Eu ainda não sabia o que era música e já cantava “Fuel” nos recreios da escola. O bom velho rock açoriano estará assim representado no dia 11 de agosto no Monte Verde.

Queria ainda fazer referência a um projeto bem mais jovem que os anteriores; Tio, que sobem a palco no dia 13. Já tive a oportunidade de ver o trio em palco com o seu estilo grunge descontraído. Um palco como o do Monte Verde poderá ser mesmo a montra perfeita para um pouco do género que muito caracterizou o início dos anos 90.

O Monte Verde será ainda palco para vários DJs açorianos, mostrando que a aposta na “Marca Açores” é para ser levada a sério. Só faço votos para que assim se mantenha durante as próximas edições, e se desmistifique o mito de que “o que é de fora é que é bom”!

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