Lembrei-me de escrever este artigo porque de algum tempo para cá verifiquei que basicamente só ouço musica nesta nova coisa que é o Spotify.

É um facto. O paradigma acerca do consumo de música há muito que tinha mudado. A consumo ilegal começou a atingir níveis preocupantes nos anos 90, quando parecia que toda a gente tinha um gravador de CD’s e uma impressora rasca, mas capaz o suficiente de imprimir uma capa pixelizada dos mais recentes éxitos discográficos a preços que, nem a Ryanair!

Depois surge esse bom mal que veio para ficar, o Youtube. Com a liberalização de conteúdos na fase inicial, e mesmo agora após ‘apertadas’ políticas, artistas são diariamente carregados para esse canal sem que os próprios tenham conhecimento.

Notem que estou a tocar em apenas alguns pontos chave, certamente que há mais…Mas eis que surge este Spotify. O que é isso? É uma Rádio? É uma e-Music Store? É a salvação dos artistas.

Reparem, o conceito nem é nada de novo, já havia GrooveShark, Jango, entre muitos outros, mas Spotify apresenta-se como um produto bem mais refinado; com Playlists mais completas ( e em crescimento), interface mais bem desenhado, ligações sociais aos nossos amigos, mensagens, etc, etc.

Tem duas forma de conseguir fundos, através da publicidade e de contas Premium. Com isso a Spotify pretende pagar os justos royalties aos artistas. [ Podem consultar mais aqui ]

Parece assim ter sido reposto o equilíbrio entre o consumo de música e os devidos direitos dos músicos. Estamos bem longe do disco físico ( para mim, isso cada vez mais faz sentido ser um item de coleção apenas), estes Nativos Digitais nem sabem o que se faz com uma cassete e uma esferográfica.

Mas ei!! Mudam-se os tempos… mudam-se as formas de ouvir música. E esta deixo para o Fausto, Sérgio Godinho e José Mário Branco explicarem melhor: