A Música e as Redes Sociais
Apesar de alguns danos que as redes sociais tenham infligido à industria musical, principalmente o Youtube, é difícil não reconhecer a sua importância na promoção, na divulgação e distribuição de muitas obras e artistas que ficariam confinados a pequenas áreas geográficas, não fosse o poder de massificação da internet.
Com isto em mente, há mais artistas a serem beneficiados pelas Redes Sociais, do que artistas prejudicados (de que outra forma “Gangnam Style” seria um sucesso no mundo inteiro??). Arrisco mesmo que, atendendo à enormidade de bandas no mundo inteiro, a percentagem das prejudicadas com o advento da “Web 2.0” é muito, mas muito reduzida, e mesmo essas podem ter visto as suas vendas baixarem, mas nunca estiveram tão em contacto com os seus fãs como agora.
Bandas em inicio de carreira promovem o seu portfólio no Myspace, bandas consagradas popularizam os seus vídeo-singles no YouTube, criam-se páginas de Facebook para interagir directamente com os fás, vai-se tweetando as últimas (ou as próximas) novidades, os mais pacientes e metódicos “blogam” sobre o que se passa, cria-se um espólio fotográfico no Flickr ou partilha-se tudo e mais alguma coisa no Tumblr. E mais e mais, tantas formas disponíveis de divulgar e publicar conteúdo , quanto a nossa imaginação permitir.
No meio de isso tudo, os grandes ganhadores somos nós. Os fás, os apreciadores de música. As outrora raridades musicais estão à distância de um clique. Temos acesso a um caudal infinito de conteúdo, sim, literalmente infinito ou conhecem alguém que já tenha chegado ao fim do Youtube?? Conseguimos filtrar os feeds de noticias que nos interessa e acompanhar de perto, tão de perto que sabemos as coisas antes de elas acontecerem.
E os algoritmos são tão eficazes que depois de duas ou três visualizações são as próprias redes que já nos dizem o que queremos ver e ouvir. Apresentam-nos sugestões dentro do nosso estilo, o que permite que exploramos enquanto nos mantemos no caminho, e assim descobrimos coisas novas todos os dias (às vezes novas coisas velhas).
Para finalizar (esta é para os amantes do prog rock) a minha mais recente experiência no campo do que “as redes sociais podem fazer por nós” e o que me levou a escrever este artigo.
Numa tentativa de tentar chegar ao fim do Youtube (infelizmente não me recordo o que estava a ouvir), foi-me apresentada a seguinte sugestão :
Sem hesitar mudei para este video com o supergrupo Transatlantic, um dos restantes bastiões do puro rock progressivo, a interpretar um tema clássico dos clássicos Genesis na companhia de nada mais nada menos do que o próprio Steve Hacket. Numa entrada triunfal deste em cena com um respeito e admiração dos fãs apenas suplantado pelo respeito e admiração dos próprios colegas de palco. Como se o “Gigante Hogweed” fosse ele próprio.
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