Novo membro traz novo som aos “Bed Legs”


“Não há meio-termo. Sempre no limite da navalha, do rasganço”. É assim que os Bed Legs se apresentam, o que, a uma banda de rock, só fica bem. E a acreditar no que por aí lemos, ao vivo, a banda faz jus a este cartão de visita. 

Dois anos depois de “Black Bottle”, a banda de Braga está de regresso com “Bed Legs”. Embora o novo álbum siga algumas linhas do seu antecessor, há uma clara evolução. As canções estão mais emotivas, mais melódicas, mais complexas e mais envolventes. O facto de haver um novo membro na banda não será alheio a esta evolução: o teclado de Leandro Araújo veio para desbravar novos caminhos. O músico já participara em alguns temas nos anteriores trabalhos, mas surge agora como quinto elemento da banda.

Num exercício para encontrar uma referência que possa dar uma ideia sobre como soam os Bed Legs, Queens of the Stone Age foi o primeiro nome a surgir. Mas, se há tema em que o teclado é fundamental a mostrar uma faceta diferente é “Back on Tracks”, a fazer lembrar The Doors. Aliás, este tema é perfeito para perceber porque é que os concertos de Bed Legs têm gerado tanta atenção e tanto elogio, há espaço e liberdade para esticar as músicas, criar dinâmicas, e explorar solos intrumentais.

Há também coisas que não mudam, e a propósito do vocalista da banda, podemos reproduzir aquilo que aqui escrevemos há dois anos, a propósito de “Black Bottle”: “é impossível não salientar o poder e a intensidade da voz de Fernando Fernandes. Um timbre profundo, com muito ‘soul’, que liberta lamentos a cada verso, e que faz lembrar, por vezes, o eterno Hendrix”.

Têm a fama de dar espetáculos intensos e suados, que não desapontam ninguém, e que não deixam ninguém indiferente. Esperemos vê-los um dia por cá.

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Foto: © Direitos Reservados

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