O Rock não morreu… nós é que o enterrámos
É verdade. A boa música existe e sempre existirá, a nossa apreciação ou percepção é que estará porventura diferente. Quando digo nossa, não me refiro especificamente a mim (Deus me livre de começar a ouvir essas “MTVinices”), nem a si, caro leitor. Refiro-me aos consumidores em geral. A indústria musical mudou, é um facto. As editoras, managers, produtoras, exercem pressões enormes sobre os músicos para que esses sigam caminhos “diferentes” dos inicialmente traçados. Os próprios músicos e bandas, antevendo resultados mais fáceis, abandonam as suas ideias e ideais para seguir esse tal caminho, pelos vistos muito frequentado ultimamente.
Num cenário destes é extremamente complicado o aparecimento de bandas como Pink Floyd ou Led Zeppelin. Já não há guitar heroes ( sem ser na Playstation) como Jimi Page, Eric Clapton, e mesmo o mais recente, Slash, já dista um pouco. Frontman’s como Freddie Mercury ou Robert Daltrey raream a cada dia que passa. Enfim, as circunstâncias atuais não são propícias ao aparecimento de novos grandes vultos do Rock. Como vi uma vez num documentário da BBC, se os Led Zeppelin ou Pink Floyd surgissem agora, seriam completamente ignorados.
E, retomando a premissa inicial, os principais culpados somos nós, nós os ouvintes, nós os consumidores. E somos nós porque a indústria funciona com receitas. Onde está essa fonte de receitas? Pois é… nós!
Fazendo um exame de consciência: quando foi a última vez que comprei/comprou um álbum de um artista que realmente valha a pena a atenção dos nossos ouvidos? É que há biliões de pessoas que compram as “MTVinices”. Esses ditam a regra em que somos a exceção. O tempo urge. Por favor, vamos desenterrar o Rock!
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