A música, a cultura, a vida está de regresso à cidade! Ponta Delgada volta a servir de palco ao Tremor entre os dias 14 e 19 de Março e começam a cair as primeiras confirmações. É a verdade, temos que admitir: já sentimos saudades daquele mar de gente a saltitar de espaço em espaço, dos palcos improváveis e dos concertos intimistas, das correrias e até das difíceis escolhas.

Ainda vemos Emperor X – aquele norte-americano irrequieto de T-shirt às riscas – na Londrina, a sobriedade de Medeiros/Lucas na magnífica Igreja do Colégio, a grandiosa selva de Bruno Pernadas que aterrou no Teatro Micaelense. A segunda edição foi realmente inesquecível, mas a três meses do Tremor #3 já podemos facilmente prever algo de memorável.

Começando pela prata da casa, há o enérgico rock em forma de originais de The Ultimate Love Gang, e o “contador de estórias”, o veteraníssimo Zeca Medeiros, que chega com o seu último trabalho “Aprendiz de Feiticeiro”. De Portugal Continental chega ainda Kilimanjaro, a maior montanha de Barcelos com uma veia claramente punk, a energia inconfundível de Capitão Fausto e Equations, uma mistura de sons e contratempos que nos fazem tremer e esperar ansiosamente por este sismo insular.

Do intercâmbio com o festival holandês Le Guess Who?, que levou o tremor em representação dos Açores a Utrecht, chegam sonantes confirmações: a interessante sobreposição de vozes de Juliana Barwick, o psicadelismo viciante de Suuns – que nos aguça especialmente a curiosidade – e os incontornáveis Black Mountain.

Nunca um tremor pôde ser previsto, muito menos desejado, mas este é tudo isto. Com um mar de confirmações em aberto, desde bandas a actividades paralelas, o melhor mesmo é ficar atento e ser paciente – afinal são só três meses.