Recorde “Queen II” – o álbum mais heavy do quarteto britânico
Até atraiçoado pelo próprio nome, “Queen II” parece a sequela óbvia do álbum de estreia dos Queen, “Queen” (ena pá, tanta realeza aqui misturada). Uma escuta transversal parece confirmar essa opinião. Mas Queen (a banda) não se escuta na transversal.
“Queen II” consegue ser mais fantasioso, mais cru, mais progressivo e espontâneo do que o seu predecessor. Aliás, não fosse a pomposa extravagância de Mercury, a guitarra saturada de May, o ecletismo de Deacon e o ‘rocker fan boy’ que é Taylor, e “Queen II” poderia ter sido o início de uma carreira como banda de rock progressivo. Ainda bem que não o foi (e olhem que sou grande apreciador de ambos: Queen e rock progressivo).
“Queen II” é um álbum carregado de mitologia: temos o tema “Ogre Battle”, o “The Fairy Feller’s Master-Stroke”, onde Mercury nos delicia com uma ‘perfomance’ vocal magnífica, ou ainda o mais consagrado “Seven Seas of Rhye”, que já aparece completo ao contrário do que acontece no álbum anterior.
O disco só tem uma composição de Taylor, “The loser in the End”. Não tem os elementos mitológicos ou folk (ouvir tema “Some day one day”) típicos do ‘prog’, mas tem um excelente ‘groove’. Um misto de “ When the levee breaks” (Jonh Bonham) e “50 ways to leave your lover” (Steve Gadd). Os bateristas aí fora sabem que estou a falar de monstros consagrados.
“Queen II” apresenta-nos Queen como uma banda de ideias mais maduras e com ambição. É dos álbuns preferidos dos fãs ‘hardcore’ da banda e apesar da grande proximidade com o progressivo é o disco mais ‘heavy’ do catálogo da banda.
É daquelas ‘antiquités’ que vale a pena colecionar. Mas não só: quem aprecia realmente a combinação de elementos que faz a boa música, não vai ficar indiferente a “Queen II”.
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