Diz a estória que, com bastante fome e igual dose de imaginação, um frade fez com que aquilo que seria uma simples sopa, com apenas água e uma pedra, se transformasse, a pouco e pouco, numa rica sopa de legumes e chouriço. Assim se faz também o som das Sopa de Pedra, que à música tradicional portuguesa junta dez camadas de vozes femininas. Só, e apenas, as vozes de 10 jovens mulheres, que, com muita criatividade, fazem arranjos incríveis para cânticos mirandeses, cante alentejano, Zeca Afonso, ou até mesmo temas do cancioneiro tradicional açoriano. A versão dos Bravos é quase hipnótica. A provar que há sempre espaço para revisitar e reinventar a música tradicional está a participação das Sopa de Pedra no Festival Mexefest, em Lisboa, no passado fim-de-semana. “Ao Longe Já Se Ouvia” é o nome do álbum de estreia do grupo.

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