The Black Mamba – Uma noite de celebração no Teatro Micaelense
Os The Black Mamba regressaram novamente aos palcos açorianos, em vésperas de lançamento do seu novo trabalho “The Mamba King” que foi editado no passado dia 19 de outubro.
Apesar de não considerar que tenha sido um concerto tão “mágico” como no palco natural do Jardim António Borges, aquando a 2ª Edição do Jardim Sagres Fest, os The Black Mamba conseguiram encantar todos os presentes no Teatro Micaelense com a sua sonoridade muita “old-school” que mistura os estilos dos anos 60 e 70’s, como o soul, blues, funk e rock e fizeram do Teatro Micaelense a sua casa. De facto, os The Black Mamba são uma daquelas bandas que pela sua “vibe” muito própria e simplicidade conseguem criar uma relação de proximidade com o público, como se tratassem de amigos de longa data.
Ao longo do concerto que teve uma duração de pouco mais de uma hora e meia, os The Black Mamba tocaram entre outras, songs: a emotiva e consciencializadora “Believe”, o segundo single do novo álbum e que integra a Banda Sonora do documentário “Koshukuru”; a poderosa soul song “I wonder why” que pôs todo o público a cantar “I wonder why love,… means nothing,… to you” ; o funky-blues dançável “Dirty little brother” que dá nome ao segundo álbum da banda; a sexy song do primeiro álbum “It Ain’t You” com uma textura musical entre o jazz e o blues, tendo terminado a primeira parte do espectáculo com “Under Your Skin”, uma rockalhada à moda antiga.
O encore iniciou-se com Pedro Tatanka ao piano, proporcionando um dos momentos mais íntimos da noite, ao tocar a delicada balada “Red Dress”, a primeira “song” que escreveu para os Black Mamba, numa casa tipo “the house of the rising sun” que também teve direito a uns breves acordes; depois seguiu-se o alegre e contagiante “Stronger”, o primeiro single do novo álbum “The Mamba King”, e a fechar o espetáculo uma balada épica que integra também o novo álbum “Still I am alive” e que pôs todo o público em pé, a cantar e a bater palmas, em jeito de celebração como se fosse um grande coro de “gospel”.
Os The Black Mamba são sem dúvidas uma daquelas Bandas, com “B” maiúsculo, que sabem encher um palco, sem necessitar de grandes adereços – apresentaram-se apenas com uma tela a passar alguns vídeos da banda -, nem de bailarinos ou efeitos pirotécnicos, basta apenas a qualidade musical da banda e a voz delicada, inconfundível e cheia de soul de Pedro Tatanka para captar e prender a atenção de todo o público, desde a primeira à última música.
Mais do que um concerto, foi uma noite de celebração, confirmação e de comunhão entre o público açoriano e os The Black Mamba.
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Pedro Tatanka “Quando os blues conhecem o fado”
No dia anterior ao concerto dos Black Mamba, Pedro Tatanka decidiu dar a conhecer a sua outra faceta musical, pela primeira vez, ao público micaelense. Uma faceta mais pessoal e íntima, explorando outras texturas sonoras, que vão desde o fado ao blues e tudo em português!
Pedro Tatanka afirma-se, atualmente, como um dos melhores cantores, intérpretes e compositores do panorama nacional, tendo brindado o público presente no Salão Nobre do Teatro Micaelense com um “pedaço de si” (pequeno excerto da letra de “Alfaiate”, a song mais conhecida da sua carreira solo). Para além de Alfaiate, mereceram também especial destaque: o bolero “Alma despida”, a emocionante “Estrelas” e o rock-fado “Aldeias”, a música que mais parece uma mistura de Beatles com Zeca Afonso.
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Foto: © Fernando Resendes/TM
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