As décadas de 60 a 80 do século passado viram nascer inúmeras bandas que tornaram o rock e os seus subgéneros num dos estilos musicais de maior culto em todo o mundo. Bandas como Black Sabbath, Led Zeppelin, Deep Purple ou Whitesnake foram apenas alguns dos muitos ícones que lançaram álbuns memoráveis que marcaram uma época e inspiraram muitos outros coletivos que se seguiram. Após essa época dourada do rock, a popularidade do estilo decaiu muito à custa de novos movimentos que foram surgindo como o grunge ou o indie rock.

Os The Fuzz Drivers enquadram-se no rol de bandas que tentam reavivar os tempos idos em que o rock liderava as tabelas de venda. A banda surgiu em 2010 e, até há pouco tempo, era formada por Marcelo Vieira (voz), Sérgio (guitarra), João Lopes (baixo) e Duarte Carvalho (bateria). Recentemente a banda anunciou que o seu vocalista e principal compositor já não faz parte do elenco. Contudo, a banda parece estar viva e de boa saúde estando já a preparar um segundo álbum.

Quanto ao álbum homónimo de estreia, que é o que nos traz aqui, pode-se dizer que os The Fuzz Drivers inspiraram-se nas lendas do passado e produziram um álbum que decerto não deixaria os deuses dos rock envergonhados. Os amantes do rock podem contar com todos os ingredientes de um bom disco de hard rock: riffs pujantes e cativantes (Discordia Song, Shine, Eats Me Up), refrões orelhudos e bons solos de guitarra (Mama Told You, Carved Time, The Poet And The Thief), temas mais diretos e groovy (Until It Bleeds, White Lies) e melodias que roçam as baladas dos anos 80 (Into The Sun).

O disco de estreia dos The Fuzz Drivers é um excelente exemplar do bom rock duro, tocado com muita alma e recheado de melodias que ficam no ouvido. São discos como este que nos fazem crer que o rock está vivo e de boa saúde fazendo-nos aguardar ansiosamente pelo novo registo da banda. Esperemos que não demore muito tempo.