The Winery Dogs: supergrupo de volta com “Hot Streak”
Os Winery Dogs, para quem anda mais desatento, é um trio supergrupo, formado pelo vocalista e guitarrista Richie Kotzen (ex-Poison, e Mr. Big), o baixista Billy Sheehan (Mr. Big, David Lee Roth e Steve Vai) e pelo baterista Mike Portnoy (ex-Dream Theater e um dos fundadores dos mesmos). Todos os elementos da banda são amplamente conhecidos pelas suas capacidades técnicas e pela extensa discografia já produzida.
“Hot Streak” é o segundo e mais recente álbum, lançado no passado mês de Outubro, depois de dois anos de hiato após o primeiro lançamento homónimo. O álbum contém aquilo que já estaríamos à espera, isto é, mestria na forma de tocar, um punhado de temas tipicamente hard rock, assim como as típicas baladas que se poderiam encontrar num álbum de rock dos anos 80 ou 90 do século passado.
O disco inicia-se com “Oblivion”, o primeiro ‘single’ do álbum e um tema carregado de energia e uma verdadeira demonstração de perícia a tocar os instrumentos de eleição de cada um dos elementos da banda. Outras músicas de destaque das quinze que perfazem o disco que posso destacar são, por exemplo, a intensa “Captain Love”, as mais introspectivas e harmoniosas “Fire”, “Spiral” e “The Lamb” ou até mesmo “War Machine”, com as suas nuances blues rock ao longo do tema, fazendo deste uma das faixas mais interessantes do disco.
É interessante notar que, nos últimos anos, houve um aumento de reagrupamentos de bandas da era do “boom” do hard rock das cabeleiras longas e das roupas de licra apertadas o que tem vindo a fazer com que o rock tenha vindo a conquistar algum terreno perdido nos últimos anos para outros estilos. Os Winery Dogs são um bom exemplo disto mesmo, com a reunião, não de uma banda per si, mas de um conjunto de artistas que tanto já deram ao rock e à música em geral o que faz com que, na minha humilde opinião, todo e qualquer trabalho onde estes figurem será digno de audição por parte de quem gosta de rock e de boa música no geral.
De uma forma geral, o que temos aqui é a demonstração cabal das capacidades de cada um dos intervenientes, uma produção à altura da música e, no final de contas e, acima de tudo, um conjunto de temas que nos fazem acreditar que o “verdadeiro” rock não está mesmo morto. Muito pelo contrário: está bem e de saúde!
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Assistimos ao renascimento do Hard Rock?
O ressurgimento de bandas de hard rock e AOR do final dos anos 70 e da década de 80, algumas delas prolongando a sua carreira até aos anos 90, tem vindo a ser um fenómeno interessante de se assistir. Após a relegação para o ‘underground ‘e do desmembramento de muitas bandas do género com o surgimento do grunge e o indie rock, muitas mantiveram-se fiéis ao som do rock nunca esquecendo as suas raízes. Hoje assiste-se a um reaparecimento de muitas dessas bandas bem como a formação de outras tantas praticantes do som que, em tempos idos, eram quem ocupava os lugares de destaque nas tabelas de venda por este mundo fora.
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