Thunder & Co estreiam-se em palco no Lisb/on Jardim Sonoro


LISB/ON Jardim Sonoro foi o palco escolhido. Os Thunder & Co estrearam-se nos palcos no Parque Eduardo VII, em Lisboa, e sob a forma de banda. O modelo perfeito para a música electrónica. Produção consistente, neste caso com dois produtores, e reprodução em formato estendido, o mais analógico possível.

Rodrigo Gomes e Sebastião Teixeira são os criadores do projetcto. Nu Disco e Indie Dance são os géneros auto-proclamados, mas os Thunder & Co são muito mais que isso. O que muitos chamariam de inconsistência eu chamo versatilidade, e o primeiro registo da banda é uma pequena viagem no mundo da música electrónica. A viagem sob a forma de EP tem 5 paragens, cada uma delas diferente da anterior, o que torna o registo peculiar, singular, completo até.

O.N.O ( One Night Only ) é a faixa que empresta o seu nome ao registo. Veranil, leve, esta é daquelas músicas que queremos fazer replay assim que acaba. Daquelas que quando passa na rádio é um seguro aumento de volume e adiamento da conversa com o pendura, e de repente, sem nos apercebermos, já a estamos a trautear.

O.N.O é o registo mais pop, mais “fácil de  ouvir” presente no EP de estreia do duo Lisboeta. Mas instantes após o término da primeira faixa, a Disco entra de rompante e os Thunder & Co revelam a sua verdadeira identidade,  o Nu Disco é a sua praia. Ritmo bem marcado, vocais muito presentes e o paço de dança torna-se indispensável enquanto se ouve T.A.C.
Entra em cena Mayfield. Esta é daquelas longas faixas que parecem curtas. Aquele tipo de músicas que, apesar de muito completa e preenchida, nem nos apercebemos que a estamos a ouvir. Aqui o som é suave, agradável ao ouvido, mas não menos complexo, com precursão bem marcada, cordas bem presentes e vocais a dar o toque final. Esta sim, é a minha praia.

Estamos a chegar ao fim do EP e D.Y.E é a típica faixa que nos remete para a verdadeira Disco. Os synths característicos da época dourada da disco, a voz harmoniosa e a dança a sobrepor-se a tudo. Aqui o que nos apetece é dar o nosso pezinho de dança. Pouco importa tudo o resto.

I.C.K.Y é o final e, ao mesmo tempo, o regresso ao Nu Disco mais cru. Linhas de baixo marcadas, vocais repetitivos e um abanar de cabeça constante dirigem-nos depressa de mais para o fim desta viagem. Viagem curta, mas a prever uma grande e triunfal viagem em forma de LP. Assim esperamos, ansiosamente.

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