A velha questão: “O que faz uma música ser boa ou má?”


Hoje trago-vos um tema sobre o qual a grande maioria de nós já se debruçou em alguma altura da vida. Tal como dizia o outro “Opinions are like assholes, everybody has one”. A pergunta que coloco é a seguinte: O que faz com a música seja boa ou má?
Ora vejamos. Se decompusermos a música à sua essência mais básica verificaremos que esta é composta por doze notas. Doze simples notas são tudo aquilo que forma toda a paleta passível de ser usada por qualquer músico à face da terra.
Contudo, existem centenas de combinações possíveis usando estas mesmas notas as quais formam as diferentes melodias e harmonias que ouvimos nos diferentes estilos musicais. É uma questão de matemática. Então posso depreender que são estas diferentes combinações que levam a que possamos afirmar que “esta música é linda” ou “esta música não presta”, certo?
A meu ver a resposta não é tão simples quanto possa parecer. Para já porque a mesma música pode não agradar a gregos e a troianos. Não nos esqueçamos de que música é uma forma de Arte e, como tal, é uma das linguagens usadas pela mesma para  a expressão de uma ideia ou emoção. O próprio conceito de Arte não é estanque, variando consoante a cultura assim como da época retratada. Por isto tudo e muito mais, não creio ser possível afirmar que existe boa ou má música.
Ainda admito que se possa criticar o rigor da técnica usada na execução de um determinado tema musical, contudo, afirmar que death metal “é só barulho”, que IDM não faz sentido, ou que a música erudita é a música dos deuses, parece-me ser demasiado arrogante quer venha do zé da esquina que está a ouvir o último hit ou do mestre que ensina jazz na maior e mais prestigiada escola de música do mundo.
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