Artistas açorianos sobem ao palco do Monte Verde


O Monte Verde assume-se como o festival de verão mais internacional de São Miguel, mas nem por isso tem deixado de dar oportunidade aos artistas açorianos de participar em todas as edições. Este ano não podia ser diferente, e a tarefa de agitar bem alto a bandeira da qualidade musical dos artistas açorianos cabe aos Spank Lord e a King John.

“Iremos debitar um som cru e guitarradas quanto baste”. André Gouveia, baixista de Spank Lord, vai direto ao assunto quando lhe pedimos para adiantar o que é que a banda está a preparar para este concerto. Os Spank Lord serão os primeiros a pisar o palco do Monte Verde, no dia 13 de Agosto, e embora ache que, por este motivo, não haverá muito público a assistir, André Gouveia não desanima e acredita que quem lá estiver “vai curtir”.

“Bombs Away” – álbum de estreia da banda, editado em 2011 – será o ‘prato forte’ do espetáculo, que irá contar também com “alguns temas novos, bem como uma ou outra pequena surpresa”, conta-nos o baixista, sem revelar mais pormenores.

Os temas novos que serão apresentados no festival Monte Verde vão fazer parte do próximo álbum da banda, que, embora não tenha ainda data de lançamento prevista, é já uma certeza que irá acontecer. A composição de novos temas tem ocupado a banda nos últimos tempos.

Quanto às bandas vindas do continente que sobem ao palco no mesmo dia, depois da actuação de Spank Lord, o experiente baixista açoriano mostra-se entusiasmado com o percurso e com o som “muitíssimo bom” do jovens The Lazy Faithful. Quanto a Los Waves, André Gouveia confessa não conhecer o seu trabalho. Nada que um convívio não resolva: “A ver se bebemos todos uns sumos antes e depois dos concertos!”.

No dia seguinte, 14 de Agosto, é a vez de King John levar a sua música ao público do Monte Verde. O músico tem expetativas elevadas para este concerto, mas assume que não sabe bem o que o espera: “Vou ter a oportunidade de tocar pela primeira vez num palco maior e poder perceber se as minhas músicas funcionam bem em formato ‘festivaleiro’. As pessoas não vão lá especificamente para me ouvir, mas espero conseguir cativá-las”.

Embora tenha ‘uma gaveta’ cheia de músicas por estrear, António Alves – o nome por trás de King John – vai segurar a vontade que tem de as mostrar, porque tem a noção que a maioria das pessoas que poderão estar no festival talvez nunca tenham ouvida qualquer música sua. “Sendo assim, quero primeiro mostrar as músicas mais antigas”, conclui.

“Dar um concerto consistente”, marcado pelo blues o rock, e o folk, é o objectivo central. Para tal, o ‘rei’ terá a companhia de Sara Cruz, na bateria, e, em alguns temas, João Alves.

King John vai deixar o palco para dar lugar à brasileira Flávia Coelho, sobre quem, o pouco que sabe, é suficiente para deixar curiosidade: “já ouvi dizer que os concertos dela são sempre power”! Depois vem Alborosie: “É reggae e isso deixa-me muito feliz”.

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Foto de Destaque: Carlos Melo

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