Azores Burning Summer: o festival mais festival de 2018


Há uma dúzia de anos, assim que levantava o verão fugíamos todos para as ilhas vizinhas. Procurava-se aquilo que, curiosamente, em São Miguel, escasseava – festivais de verão. Entre umas (boas) festas populares e uns “festivais” com tendências de megalomania que não duravam mais que uma edição, a juventude micaelense fazia tudo para zarpar no Golfinho Azul, ou em algum congénere náutico que percorria o arquipélago. Fosse em que ilha fosse, o jovem micaelense procurava o mesmo – música, festa e tempo longe de casa.

Passada uma década, muito mudou. Mudaram os jovens, é certo, mas provavelmente até procuram mais ou menos o mesmo que os jovens de outros tempos – mas sem a parte da música. A grande mudança aconteceu no panorama dos festivais de verão em São Miguel, e a verdade é que de maio a setembro não sabemos para onde nos havemos de virar – festas populares viraram autênticos festivais, cheios de DJs e rapaziada aos pulos, grandes festivais de verão afirmaram-se nas costas micaelenses com nomes de encher o olho, e qualquer terriola tem a melhor festa do ano. Oferta não falta – o que é sempre excelente – mas ficamos cada vez mais cansados com a descaracterização da diversão veranil por cá vivida.

Entre está amálgama de eventos todos parecidos – que também já nos deram, e continuam a dar, muitas alegrias – há um que se continua a destacar. Praia, diversão, amizade, e uma seleção musical que privilegia a diferença, fazem do Azores Burning Summer o verdadeiro festival de verão cá na ilha – aquele que, indubitavelmente, nos traz o verdadeiro feeling de festival. Este ano, entre ecotalks e fogueiras na praia, há uma montanha de boa música a não perder e, cá para nós, nada vai bater Orelha Negra, Moullinex, Da Chick e Xinobi!

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Foto de Destaque: Xinobi, © Direitos reservados

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