Bohemian Rhapsody: a canção que quebrou todas as regras


Há uma semana atrás, fez exatamente 40 anos que uma das… – bem, vou-me deixar de rodeios – que a maior peça musical de sempre foi apresentada ao mundo. Bohemian Rhapsody (BR) é tão grande que dedicamos um artigo exclusivamente a essa obra prima dos Queen.

Para perceberem o alcance do parágrafo anterior: BR, não só esteve no topo em 1975, quando foi editado (com nove semanas consecutivas foi um recorde, na altura), como voltou a escalar as tabelas de música até ao número 1 em 1991, quando foi relançada após a morte de Freddie Mercury. Mais: foi votada como a canção do milénio em 2000 e consta do Livro de Recordes Guinnes como a “Nº 1 song of all time”.

Não é para menos. Estamos a falar de 6 minutos de magia – 5 minutos e 55 segundos, para ser mais exato). Tempo a mais para o ‘standard’ da época para ‘singles’. Tanto que o ‘manager’ John Reid sugeriu uma “short version”. No entanto – reza a lenda – Mercury entregou uma gravação a Kenny Everett, um popular e influente DJ, como amostra do que andavam os Queen a fazer, e sob o compromisso de que o tema não seria divulgado. Teve o efeito pretendido, pois Everett passou o tema 14 vezes durante o fim de semana, e na segunda-feira seguinte as lojas estavam entupidas de pedidos.

Não foi só com a sua duração que BR quebrou todas as regras. A canção não tem um refrão. Tem uma forma estranha e assimétrica. O título não aparece uma única vez na letra. Tem uma secção de ‘operetta’. Parece que Mercury leu o manual de “Como fazer um hit single Pop/Rock” e fez exatamente o oposto.

Foi o tema que elevou o álbum, e consequentemente o álbum que elevou a banda. Como disse o fotógrafo Mick Rock: “Há grande Rock n’ Roll que não é necessariamente arte”. Mas Bohemian Rhapsody é Arte!

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Para os mais interessados o making of de Bohemian Rhapsody é um vídeo verdadeiramente obrigatório!

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