BRUMA Project lança disco de apresentação


Depois de quase dois anos de espera, o grupo de Sara Miguel volta depois deste verão com novo single. O tema de lançamento escolhido foi “O Sol”, onde os BRUMA apresentam uma nova versão da canção do terceirense José Lata. O lançamento do disco fica para novembro e com este trabalho, os BRUMA Project prometem cumprir um dos seus objetivos “revistar aqueles clássicos tradicionais e da geração de 80, mas dando-lhes uma roupagem mais atual, mais de fusão estilística”, adiantou Sara Miguel, a vocalista da banda.

“Os Bravos”, a “Canção da Terra”, “Chamateia” e “Maré e Natividade” são alguns dos temas reinventados neste álbum. Às músicas tradicionais, os BRUMA Project deram uma nova voz. As canções açorianas chegam agora ao público com uma nova versão, não melhorada, mas com influências de jazz, soul, música brasileira e latina e ritmos africanos. “Queria sobretudo pegar nas palavras e melodias que eram o coração verdadeiro das canções e dar-lhes outros vestidos, usar os estilos que nos inspiram a todos”, revelou Sara. O resultado? O resultado foi um produto “fresco e original” produzido na Terceira e que pretende levar os Açores tanto ao continente como estrangeiro e chegar a públicos de todas as idades.

Escolher os temas do disco, não foi tarefa fácil para o grupo. Das músicas escolhidas e trabalhadas, cerca de dez foram escolhidas para integrar este trabalho. “As coletâneas 7 anos de Música e 25 Anos de música Original nos Açores foram os nossos grandes pontos de partida e inspiração para escolha. (…) [mas] a lista final que vai aparecer no disco não é um resumo representativo, é simplesmente um conjunto de temas que adoramos e que fluíram bem durante o nosso trabalho.”, confessa Sara Miguel. Com temas que ficaram para “trás”, ficou também a vontade de fazer um outro novo trabalho onde se pudesse dar continuidade a este álbum. “Ainda não tínhamos acabado de gravar e já sentíamos que muita coisa bonita teria de ficar de fora”, concluiu a vocalista.

Com músicos ligados e com formação em áreas do jazz e música improvisada, a improvisação é algo que se revela intrínseca ao projecto. “(…) A improvisação, a criação espontânea no processo musical é algo que nos é muito natural e que completa o processo criativo para nós”, comprova Sara. No primeiro tema já apresentado pelos BRUMA Project, a “Canção do Medo” da autoria de Zeca Medeiros, mostra-se influências do jazz, música improvisada, música tradicional e música açoriana. Uma pequena amostra do que será este disco, em que canções de autores como Luís Alberto Bettencourt, Bruno Walter Ferreira e Aníbal Raposo são trabalhadas pelo grupo e “fundidas com os estilos e linguagens de referência”, divulga a vocalista.

O lançamento será feito em novembro, em Angra do Heroísmo, mas as outras ilhas não ficam esquecidas. A banda tem já planeada uma mini tour que prevê a passagem por mais quatro ilhas do arquipélago. As datas, por enquanto, estão ainda a ser acertadas, mas serão muito em breve anunciadas no Facebook do grupo.

Para 2019, há também planos feitos para tocarem em outras salas do país (Porto, Coimbra e Lisboa) e em ainda em palcos internacionais.

Quer ficar a saber mais sobre os BRUMA Project? Leia a entrevista completa a Sara Miguel que deu origem a este artigo aqui!

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Uma fusão de continentais e açorianos 

O grupo é formado por Sara Miguel (vocalista), Luís Senra no saxofone, Gonçalo Moreira no piano, Roberto Rosa no trompete e fliscorne, Zeca Sousa na guitarra e viola da terra, Michael Ross no contrabaixo, Alexandre Frazão na bateria e percussão e Mário Barreiros na produção. Um grupo dos Açores, mas não só. Entre os elementos existem músicos continentais e açorianos que trazem ao grupo uma versatilidade e criatividade. O produto final foi um grupo com uma fórmula diferente, fruto da junção de diversidades.

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Foto: © Rui Carla

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