“Eden” e a synthpop com alma de Sequin | electro-doméstico


Grafismos em Neonsynths de outro mundo e a menina que não é mais menina. Sequin acaba de lançar “Eden”, um mar de profundidade embebida em batidas que perduram, genialmente sincronizadas com aquela doce voz de miúda. A miúda já não é aquela electropop electrizante de “Penelope”, aquele “Flamingo” que mete qualquer um a dançar sem medo de falhar. Agora há mais, muito mais… Vislumbra-se uma mensagem por entre batitas e sons que parecem sair de um submundo de cabedal, neonsfluorescentes e vilões que partem corações.

Ironicamente, o peso de “Eden” – o reflexo da maturidade musical de Ana Miró – é também o seu peso de adolescente. As letras que dão corpo ao EP de Sequin estavam guardadas desde a adolescência, à espera de uma oportunidade para sair, para marcar intensamente, à espera de maturidade suficiente para se fazerem ouvir.

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“I won’t look back” dá o mote para o fantástico vídeo que acompanha “Ellipse”. Sob a realização de Rui Major, acompanhamos o quotidiano de Bangkok, por entre combates de artes marciais, tuk-tuks e vendedores de rua, sempre numa perspectiva que deixa os intérpretes incógnitos. Uma fantástica fotografia e uma intensidade incrível fazem jus àquela que é a música mais marcante de “Eden”.

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