Experimentalismo dos Ulver chega ao cinema com “Riverhead”


Formados em 1993 em Oslo, na Noruega, os Ulver pautaram a sua carreira musical pela mudança de rumo no que a estilos musicais diz respeito. Desde o black metal na fase inicial, com incursões pelo folk metal e, posteriormente, pela música ambiente e experimental onde as guitarras e percussão dão lugar a sonoridades marcadamente electrónicas.

Atualmente, os Ulver são sinónimo de música de vanguarda, onde a expressão musical é feita de forma sui generis, utilizando técnicas de expressão inovadoras e diferentes do que normalmente é feito levando, assim, a que a faceta mais experimentalista da banda esteja bem vincada na música que atualmente produzem. É neste contexto que surge o mais recente trabalho do grupo. Lançado em dezembro último, “Riverhead” é o título da banda sonora do filme com o mesmo nome, um drama criminal centrado numa disputa sangrenta que divide uma pequena cidade na província de Newfoundland, Canadá. O diretor de cinema Justin Oakey, há algum tempo fã da banda, endereçou o convite para a produção do álbum a Kristoffer Rygg (vocalista e principal mentor da banda) após a visualização de “Flankers”, o seu último filme. Convite aceite, realizador e banda iniciaram a colaboração da qual resultou um disco recheado de momentos onde a calmaria é por si só geradora de momentos de tensão, algo que assenta a 100% no filme em questão.”Riverhead” serve uma vez mais para provar o ecletismo da banda, sem fronteiras ou linhas orientadoras como forma limitativa da liberdade criativa. Aconselhado a todos aqueles que tenham a mente suficientemente aberta para embarcar numa aventura e descoberta que, quer na música quer na vida, nunca acaba.

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Foto: Marius Sachtikus

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