Flak leva o “folk com pinceladas psicadélicas” ao Arco 8


Na música há de tudo. Mundos fantásticos e testemunhos reais que mais parecem de outro mundo, diversão e tristeza, saudade e reencontros, amor e ódio. Há grandes festivais que concentram um número inacreditável das maiores bandas de todo o mundo e há o fado vadio na tasca do Zé. Há negócio, paixão, vida e, no meio de tudo isto, há nomes que todos conhecem e nomes que todos deviam conhecer. Flak está neste segundo grupo e, para nossa felicidade, vai também estar no bar-galeria Arco 8.

Quem é este escondido mas verdadeiramente incontornável nome da música pop-rock portuguesa? João Pires de Campos é o homem que, sob o nome de  Flak, foi um dos fundadores dos Rádio Macau e, entre participações e produção, trabalhou com artistas e projectos como Jorge Palma, Sérgio Godinho, Entre Aspas, MAU ou Micro Audio Waves. No já longínquo ano de 1998 estreia-se a solo com álbum homónimo e só em 2015 volta às edições com “Nada Escrito”, num “folk com pinceladas psicadélicas”.

A peculiar descrição consegue ser particularmente interessante e precisa, não sendo portanto difícil imaginar a originalidade da música de Flak em nome próprio. Uma voz forte, em bom português e embebida num instrumental de qualidade ímpar e com a capacidade de nos levar a viajar, faz-nos sentir pequenos – minúsculos – num mundo em que a quantidade de música fantástica que nos vai escapar é avassaladora.

Uma vez mais o destino é o Arco 8. Conhecido por levar os mais improváveis e, ao mesmo tempo, mais relevantes artistas a Ponta Delgada, o antigo armazém piscatório é, e continuará a ser, a referência na noite micaelense. Hoje, a partir das 23h00 é a vez de Flak,  no sítio do costume. Herberto Quaresma dá uma perninha e, sem que nos apercebamos, transforma a noite em manhã.

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Flak / Arco 8 / 23h00 / 5 €

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Foto: Rita Carmo

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