“Gente da Terra e do Mar” é o primeiro de uma série de temas a lançar pelos FAT of the LAND


O Meia de Rock esteve à conversa com o vocalista e guitarrista dos FAT of the LAND, a banda que acaba de lançar na internet o primeiro de uma série de temas que estão a ser gravados

Sem ilusões deslumbradas sobre o futuro, nem grandes objectivos traçados a longo prazo, os FAT of the LAND demonstram maturidade e sabem bem o que querem: Dêem-lhes palcos e eles ficam felizes.

Quem são os “FAT of the LAND”?
Os FAT of the LAND são um grupo de amigos que se juntou pela vontade de criar os seus próprios temas. Na viola baixo temos o Bruno Carvalho, na guitarra o Hélder Cidade, na bateria o Mário Cabral, e eu sou vocalista e guitarrista. O nosso técnico de som é o Emanuel Cordeiro. Cada um de nós, diferentes entre si, dá o seu cunho pessoal ao nosso som. É difícil dizer quem somos.

É inevitável perguntar se o nome da banda tem alguma relação com o célebre álbum dos Prodigy de 1997.
O nome surge durante os primeiros ensaios, por sugestão do nosso primeiro baterista, Luís Gonçalves – que entretanto teve de abandonar o projecto. Depois de vários nomes serem descartados, FAT of the LAND soava-nos bem, e foi a escolha. O nome tem como fundamento a expressão muito utilizada no século XVI, “viver da gordura da Terra”. Viver dos recursos que estão à disposição e saber valorizá-los. É esta a causa do nome. Não há qualquer relação com o álbum dos Prodigy.

Em termos de sonoridade, quais são as vossas maiores referências?
Não sentimos que haja influência de uma banda específica no resultado final da nossa sonoridade. Certamente que há um conjunto de bandas, dos mais variados estilos, que todos nós ouvimos, e isso pode ter reflexo no resultado final do nosso trabalho. Podemos citar Placebo, Xutos e Pontapés, Coldplay, Pixies, Silence 4, Rui Veloso. No entanto, ouvimos todos coisas muito diferentes, como metal, funk, ska, hard rock.

Têm letras em português e em inglês. Pretendem continuar este caminho paralelo ou há alguma opção a tomar no que diz respeito à língua em que se exprimem?
Sim, temos alguns temas em inglês. Isto porque, quando iniciámos esta aventura, começámos do “zero”, e saber realmente o que se pretendia da banda levou o seu tempo. À medida que fomos ganhando consistência interna e conhecendo a nossa identidade, percebemos que o nosso caminho teria de ser trilhado na nossa língua. É nela que nos sentimos melhor, e sendo assim, não sentimos que tenhamos que continuar a fazer temas em inglês. De qualquer forma os que já temos em inglês irão manter-se connosco enquanto não nos fartarmos deles.

Acabam de lançar uma música na internet – “Gente da Terra e do Mar” – e sei que já estão a preparar outros temas. O que é que podemos esperar dos “FAT of the LAND” no futuro próximo?
“Gente da Terra e do Mar”, que lançámos nas plataformas digitais – Youtube e Facebook – teve uma boa aceitação por parte das pessoas. É sempre bom saber que o que fazes tem qualidade. Neste tema usamos a grande viola da terra, de uma forma muito nossa. Foi a nossa forma de dizer “somos dos Açores”. Pode ser que para este tema surja algo mais. Refiro-me a um videoclip. É algo em que estamos a pensar, em colaboração com outras entidades. Mas este é apenas um tema de muitos que já criámos, e por isso estamos a trabalhar continuamente na gravação de outros temas. É certo que gostaríamos de os poder apresentar com maior frequência, mas dadas a circunstâncias profissionais de cada um, os meios técnicos – que nem sempre estão acessíveis como desejaríamos -, faz com que as coisas sejam mais lentas. Mas, muito em breve, teremos mais alguns temas para mostrar. Estão em fase avançada de gravação. Podem esperar, da nossa parte, muita dedicação e amor a este projecto.

Quanto a actuações ao vivo, por onde é que têm andando? Há datas confirmadas para os próximos tempos?
No palco é que é! É onde gostamos de estar. Fomos bem acolhidos por alguns bares da Ribeira Grande. Já passámos várias vezes pelos bares “Paloê” e “Tu Ká Tu Lá”. Para além destes sítios, já actuámos nas festas da cidade da Ribeira Grande, nas Noites de Verão em Ponta Delgada, entre outros locais desta cidade, como as Portas do Mar ou o Ateneu Criativo. Em relação a futuros concertos, infelizmente, as coisas ainda não começaram. Já fomos contactados para alguns concertos, mas ainda não temos confirmações.
O vosso projecto é relativamente recente. Até onde pretendem levar os “FAT of the LAND”?
Quando começámos este projecto, não sabíamos o que iria acontecer: se iam surgir concertos, se as pessoas iam gostar… Passados dois anos, penso que estamos mais fortes como grupo, pelo incentivo e críticas que nos foram chegando de pessoas mais ligadas à banda. Acima de tudo, pretendemos obter prazer e boas energias com a banda. Enquanto tivermo isso, não vamos parar! Um dos nossos vícios é estar sempre a compor novos temas, porque assim temos sempre coisas novas que nos despertam os sentidos. Como qualquer banda de originais que se preze, gostaríamos muito de um dia ter um trabalho editado. É algo com que podemos pelo menos sonhar.

Quais são os vossos objectivos em termos de realização artística?
A palavra objectivos não é a mais adequada à forma como nos pretendemos relizar de forma artística. Porque ter objectivos obriga a que haja pressão, e nós não queremos pressão. Queremos, sim, obter e dar boas sensações a quem nos ouve. A realização de um musico é estar no palco. É isto que nos realiza. Dêem-nos palcos!

 

Mais informações sobre a banda

Ouça aqui o tema “Gente da Terra e do Mar”

Contactos: 916 645 896 (Luís Xavier) | fatofthelandrock@gmail.com

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