Hard Rock na estreia formidável dos Queen


Foi já há mais de 40 anos ( 1973) que uma das bandas mais mediáticas de todos os tempos se estreou nos registos discográficos, falo dos Queen e o seu álbum homónimo.

Quem ouve “Queen”, o álbum, poderá ter alguma dificuldade em associá-lo a Queen, a banda.

Os Queen caracterizam -se por ser, acima de tudo, uma banda ecléctica. Quem conhece a sua carreira, principalmente o vasto leque de “hit singles”, facilmente compreende isso. Basta ver a heterogeneidade existente em “Greatest Hits I” e “II” para perceber que rotular Queen não é tarefa fácil. E não é, devido a uma das particularidades que mais admiro nos Queen: todos os seus os seus elementos colaboraram ativamente na composição dos temas.

Neste início de carreira, os Queen eram essencialmente uma banda hard rock, e o seu álbum de estreia apresenta uma atitude “rockeira” (” Modern Times Rock’n’Roll”, “Son & Daughter”), com temáticas fantasiosas(“My fairy king”, “Great King Rat”) típicas do movimento rock progressista em voga na altura. Sugiro a audição do tema “Liar” para perceber este casamento.

A verdade é que é um álbum sem a extravagância e glamour a que Freddie Mercury e companhia nos habituou nos anos seguintes. Falta aquele elemento “queenish”, não totalmente porque há um ligeiro laivo com “Seven Seas of Rhye”. Mas é isso mesmo – ligeiro laivo – uma vez que o tema aparece incompleto e sem voz, ficando a sua estreia completa reservada para “Queen II”.

Este álbum acaba por ser injustamente subvalorizado. Não teve nenhum “hit single”, é certo, mas o energético “Keep Yourself Alive” acaba por funcionar bem como cartão de visita. Não sendo um álbum perfeito, não deixa de ser uma estreia formidável.

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