IndieU: Lana Del Fake?!


Muito se disse, e muito se escreveu sobre Lana Del Rey nos últimos dois anos. Uma artista catapultada para a ribalta com um som familiar e um conceito já conhecido em outros tempos. Hoje debruço-me sobre a veracidade por detrás da artista. O que é real ou não, e se isso importa de facto para o “consumidor final”.

Confesso que só lhe dei a devida importância o ano passado por esta altura. Já tinha ouvido antes quando começou todo o fuss envolta da criatura mas confesso que tinha outras preocupações como… Acabar o curso! Mas em Novembro/Dezembro de 2012 estava eu mergulhada na minha própria miséria a recordar um Verão menos “bom” quando fui invadida por uma Summertime Sadness”.

Foi aí que decidi dar uma segunda oportunidade a esta artista que muitos dizem não passar de uma invenção de excelentes markteers. Segundo consta, Lana del Rey, ou Lana del Fake como já li por aí, é o produto de um papá muito rico que pura e simplesmente quis fazer a vontade à sua menina. O seu verdadeiro nome é Lizzie Grant, e pelos vistos até houve um álbum por aí, mas as expectativas ficaram muito aquém do esperado. Quem a viu ao vivo no período antecedente ao boom, diz que encontrou uma menina loira muito tímida, com uma voz que até podia ser interessante, mas com uma falta de stage personality que deitava tudo por terra. Lizzie correu para o papá cheio da guita e iniciou um processo de remodelação pessoal que poderá ter chegado ao extremo das cirurgias plásticas. Aquele nariz e lábios nunca me enganaram!!

Tudo foi cuidado desde o look 60’s à sonoridade. Até uma história diferente de vida terá sido criada para embelezar o conceito. E será que tudo isso importa? Fará diferença aos ouvidos de quem ouve? Eu digo que não. Ter sido fabricado não interfere em nada com a qualidade do projecto. É boa música. É uma voz peculiar just the way I like it. Uma Nancy Sinatra dos tempos modernos.

Resta dizer que apesar de toda a controvérsia, o álbum de estreia, Born to die, vendeu milhões de cópias por todo o mundo, e foi uma verdadeira revolução no panorama musical norte-americano. Músicas como “Born to die”, “Blue Jeans”, “Summertime Sadness”, e “Videogames” são apenas uma amostra do que este primeiro trabalho tem para nos oferecer. É impossível ouvir estes temas e ficar indiferente ao saudoso e tórrido romance que nos é descrito. A perda de alguém que ainda não se foi. O medo de perder. O perder mas a satisfação de ter tido. O morrer de felicidade por ter tido. Oiçam por vocês e naveguem na melancolia de se estar apaixonado.

 

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