Joana Barra Vaz | “Mergulho em Loba”


Respirem fundo e preparem-se para um longo mergulho. Uma apneia profunda que consome oxigénio com subtileza e serenidade. Conceptual e dividido em três atos, “Mergulho em Loba” revela traços cinematográficos – não fosse Joana Barra Vaz também realizadora – e tem uma transição de capítulos suave, que faz perder a noção do tempo. A inspiração é claramente o mar, mas nem todo o disco é um mergulho, também há subidas à superfície para um fôlego fresco e repleto de felicidade. Não é alegria exuberante, é felicidade equilibrada. “Mergulho em Loba” não é para ouvir no rádio do carro, no meio do trânsito, é para ouvir em casa. Ou no rádio do carro, mas só se o carro estiver desligado e estacionado num local paradisíaco, com uma vista deslumbrante e inspiradora. Aí não há sala de estar que o valha.

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