Joss Stone espalhou Amor pelo Monte Verde… mas não foi correspondida!


No segundo dia de festival e após a abertura e aquecimento dos divertidos Urkesta Filarmoka; do blues e rock de Frankie Chavez e do rapper luso-americano Mishlawi, que já conta com uma boa carteira de fãs em terras açorianas, surge com uma hora de atraso a “princesa do soul“ Joss Stone gritando para o público “Are you feeling?” ao som de “Big ol game” tema do álbum “Colour me free”.

Inspirada pelo ambiente de praia e de verão, Joss Stone puxa do reggae com “Love-me” tema do seu ultimo álbum “Water for your soul” e pede ao público para ajudar no coro “love me,… love me,… take me…” – Joss diz ao público em tom provocador “you got to love me twice before you take me”, segue-se então “Harrys symphony” uma miscelânea de várias musicas que juntou e dedicou ao seu irmão Harry que tem um excelente gosto musical! Pela letra da música percebi uma passagem de “Pure Morning” dos Placebo …”a friend in need is a friend in deed; a friend with weed is better” – e outra do tema “Bad Boys” – “Bad boy, bad boy, what you gonna do, what you gonna do, when he come for you”.

De seguida vem o funky “This ain’t love” música para pessoas que não estão apaixonadas e segue a balada de “Stuck on you” e “Music” que apesar das magníficas interpretações quebraram o ritmo do concerto. Joss, apercebendo-se da quebra volta aos temas do início da carreira com o funk “Don’t cha wanna ride” baseado no sample de “Soulful Strut” dos Young-Holt Unlimited e que figura no seu segundo álbum Mind, Body & Soul.

Acompanhada só pela guitarra Joss Stone mostra uma vez mais o seu vozeirão na blues ballad “Landlord” mas infelizmente não prendeu a atenção do público, que cada vez mais ia perdendo o interesse no concerto!

De seguida, Joss Stone canta o reggae Clean Water, uma das suas canções favoritas para cantar de momento, mas que mesmo assim não arrebatou o público. “Should we sing a song about marijuana… it’s about time!” – diz Joss Stone, ao som dos acordes iniciais de “Sensimilla” uma ode à cannabis. A pedido de uma fã, Joss Stone canta à capella um excerto de “Midnight Train to Georgia” que arrebatou uma das maiores ovações da noite. Talvez agradada pela ovação, Joss Stone puxa do reportório a cover de “You make me feel like a natural woman” cover da mãe do soul Aretha Franklin e que Joss Stone tão bem interpreta conseguindo uma grande reação do público e fechando assim a primeira parte do concerto.

Para o encore Joss Stone trouxe “Super Duper Love – Are you digging on me?”, do seu álbum de estreia “The Soul Sessions”, uma cover de Sugar Billy que se tornou mais popular na voz de Joss Stone. No final agradeceu a presença e presenteou o público com girassóis.

O concerto valeu, na minha opinião, pela simpatia, vozeirão de Joss Stone e pela competência da sua banda, no entanto julgo que não tenha sido o melhor alinhamento do festival (muitos jovens estavam na frente do palco, à espera de Dillaz, tendo a Joss acabado por atuar perante um público que não era maioritariamente o seu). A setlist também não foi, na minha opinião, a mais acertada, tendo faltado grandes êxitos comerciais e mais conhecidos do público como “Right to be wrong”, “Fell in love with a boy”, “You had me”, entre outros.

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© Monte Verde Festival / Rodrigo Pereira

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Foto de Destaque: © Monte Verde Festival / Rita Seixas

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