Katatonia de regresso para lembrar que a tristeza também pode ser bela


A banda sueca passou por diferentes fases ao longo da sua já longa carreira (o primeiro lançamento data de 1991) em que se incluem várias alterações no seio da banda, assim como diferentes fases a nível estilístico. Desde o início mais cru, característico do doom/death metal que surgia em força no início dos anos 90, passando para o rock melancólico a partir do álbum “Discouraged Ones”, de 1998, até ao metal/rock mais polido que a banda apresenta desde há alguns lançamentos atrás. Contudo, a banda prima por apresentar um estilo muito próprio sem nunca deixar de lado a forte componente lírica em que fica patente o motivo principal das histórias contadas pela banda: a depressão, o sentimento de perda, a morte… Se há banda capaz de mostrar que a tristeza também pode ser bela, esta tem por nome Katatonia.

“The Fall of Hearts” é um dos álbuns mais complexos e profundos da banda. As teclas elevaram o seu papel na composição da música, desta vez a cargo do vocalista e elemento fundador Jonas Renske. O sueco é igualmente conhecido por ter uma voz ‘sui generis’ que ajudou na definição do estilo melancólico preconizado pela banda. O conjunto não teve medo de percorrer os caminhos do rock mais progressivo, como em “Serac”, ou melodias que podiam constar em álbuns de rock melódico contemporâneo, encarnadas, por exemplo, em “The Night Subscriber”. Apesar disto, os ‘riffs’ mais pesados estão lá, tal como as melodias nostálgicas distintivas do guitarrista Anders Nystrom e todo o ambiente soturno e, ao mesmo tempo, tão doce que só os Katatonia conseguem.

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