Lisboetas Ekta Moai fundem influências para criar som único


Cada vez menos surgem bandas que, por um motivo ou outro, conseguem destacar-se das demais. Num mundo onde as almejadas “fórmulas de sucesso” estão praticamente esgotadas e onde quase tudo já se experimentou resta, muitas vezes, reusar, reformular e recriar aquilo que já foi feito. Por vezes o resultado final surge como uma versão refinada e melhorada daquilo que serviu de base. Mas nem sempre é o caso. Ainda mais difícil é conseguirem fazê-lo através da originalidade da música produzida.

Este é o caso dos Ekta Moai, banda lisboeta formada por Adriano Macedo (baixo), Mini Master (guitarra), Dino Récio (bateria), Mark Cain (saxofone), Paulo Baldaque (guitarra e voz) e Eduardo Viana (teclado).

A própria banda descreve-se como praticante de um rock progressivo/alternativo “aliado a temas vocalizados de carácter intimista, com inclinação para o étereo e inesperado”.

Tamanha complexidade já seria de esperar se tivermos em conta que os seus elementos provêm de bandas tão díspares como Primitive Reason, Diabo na Cruz, Tv Rural e Ummadjam. Contudo, a banda é tudo isto e muito mais. A prova do que vos digo está neste “Marte”, o primeiro álbum de originais da banda.

Em “Marte” os Ekta Moai alcançaram, logo na estreia, algo que não está ao alcance de muitos.

No meio de uma mescla de influências, trazidas certamente pelos seus vários elementos, a banda conseguiu criar um estilo muito próprio que, embora por vezes complexo e exigente por parte do ouvinte, nunca farta.

Evidenciar tão cedo uma personalidade tão vincada e fazê-lo de forma tão capaz é de louvar.

Está, sem dúvida, lançado o mote de uma banda que promete.

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