Maré de Agosto volta a trazer o mundo à Praia Formosa


Desde muito novo que já ouvia falar do festival Maré de Agosto, que já vai para a sua 33ª edição, portanto somos basicamente da mesma idade. Para a minha geração, o pináculo do verão (do ano lectivo?) era a viagem “à Maré”! Grandes nomes da música nacional que raramente vinham a S. Miguel eram presença garantida em S. Maria. Com o passar dos anos e o aparecimento de outros festivais, “a Maré” foi-se adaptando e tornando-se cada vez mais um festival ecléctico. Uma referência para a “World Music”! E esta edição de 2017 não parece que vá desiludir, muito pelo contrário, o cartaz promete um festival bem rico e equilibrado – até parece que estou a falar de alimentação!

Eu vou começar pelo fim: no dia 20 de agosto, terceiro e ultimo dia do festival, sobem a palco os Retimbrar. O que conheço, conheço do magnífico mundo da internet, mas fiquei logo fã – este grupo portuense é como o algodão! De facto, a música popular nunca deixou de fazer sentido, só precisava de se reinventar um pouco, e os Retimbrar fazem-no muito bem, conjugando a percussão tradicional, o canto popular, aquele toque jazz e aquele “xiripiti” de fado. É caso para se dizer – dia 20 vai haver festa na aldeia.

Continuando no dia 20, ainda vamos ter Funk, Reggae, Afrobeat, Rastas e vamos ficar de rastos. Vai ser impossível não dançar e saltar com os franceses Les Freres Smith e com o costa marfinense Tiken Jah Fakoly. Mas o grande pé de dança vem de mais perto, o português Moullinex ( não é francês, nem é uma varinha mágica) promete agitar o caldo verde…perdão, o público!

No dia 19, a “mundialidade” faz-se sentir novamente, desde África Magrebe à Califórnia Americana, passando pela verde Irlanda, com Bombino, Matt Simons e The Strypes, respectivamente. Se o americano e os britânicos mantêm o registo mais ocidental e mainstream, a estrela do deserto do Saara vinca a multiculturalidade do festival. A representação açoriana faz-se com os 3rd Method e o seu Drum n’ Bass Funk Electronica.

Relembrando que comecei de trás para a frente, a abertura do festival é feita no dia 18 com La Dame Blanche, Cristóvam, La Sr. Tomasa e Soweto Soul. Os Soweto Soul trazem-nos o mbaqanga tradicional da África do Sul, reformulado e reinventado à semelhança dos Retimbrar com a música popular portuguesa. Cor e energia é o que se espera com a banda que nos vem de latitudes mais sulistas. Também na sexta feira teremos o sonido electro tropical dos La Sra. Tomasa, a banda catalã providenciará a rumba, a salsa e os coentros! Quanto ao Hip Hop afro-cubano, este ficará a cargo de La Dame Blanche. Flautista e percussionista vai-se apresentar nos palcos da Maré com o um trio que “promete tirar os pés do chão aos festivaleiros”. O outro nome açoriano do certame, é o natural da ilha Terceira Cristóvam, músico rodado e viajado.

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Todas as informações sobre o Festival Maré de Agosto aqui.

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Foto: Direitos Reservados

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