Não há nada como a emoção de um concerto ao vivo


Não há nada como a emoção de um concerto ao vivo. Independentemente do género – sim, uma boa actuação ao vivo de música electrónica também pode ser de chorar por mais, e que o diga que já teve o prazer de viver um DJ Set de Jamie XX , por exemplo – a magia de ver a criação de arte em tempo real é inigualável. Sem desrespeito algum pelos “bichos de estúdio” – quem não acha que os Beatles são os maiores de sempre, merece insónias de meia noite – aqueles animais de palco vão ter sempre um cantinho especial no nosso coração.

A sorte de poder ver grandes nomes e, acima de tudo, grandes espectáculos assiste-nos, mas há sempre um que, apesar de ser presença assídua em todo o país – e toda a gente já os viu pelo menos uma vez, sejamos honestos – surpreende sempre e consegue manter um nível extraordinário de actuação. Falamos de Blasted Mechanism. Foi na Semana do Caloiro da FCT-UNL, na Margem Sul do Tejo, – a vida de estudante está a acabar e há que sair em grande – que tivemos o prazer de os ver e, pela enésima vez, ficamos maravilhados com a energia dos Blasted.

Com um último álbum uns furos abaixo do nível de “Avatara”, “Sound in Light” ou “Mind At Large”, o fantasma do cepticismo pairava no ar. Desapareceu assim que subiram ao palco e se apresentaram bem ao seu estilo, com fatos e músicos de outro mundo. Inevitavelmente houve material do último álbum – que ao vivo ganha outra dimensão – mas foram aqueles clássicos que partiram tudo. Karkov, Blasted Empire, Battle of Tribes ou Atom Bride Theme serão sempre uma passagem directa para o fantástico mundo dos Blasted Mechanism.

A verdade é que os tempos mudam, os sons mudam, aparecem cada vez mais bandas espectaculares, mas muitos poucos conseguirão construir o legado dos Blasted Mechanism. A fiel legião de fãs que arrastam para todo o lado é a maior prova disso.

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Foto: Hugo Lima

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