No Name Face dos Lifehouse em Dia de São Valentim


Quem me conhece sabe que não sou particular adepta do Dia de São Valentim. Mas há por aí grandes e ferozes entusiastas que o festejam de forma efusiva com as suas caras metades. Na ótica desse memorando romântico/comercial trago-vos hoje uma review de um álbum que me remete a memórias dos momentos que considero os mais românticos da minha adolescência. Marcou-me de uma maneira muito especial, e, por esse motivo, para todos os corações apaixonados, aconselho vivamente como acompanhamento do jantarinho desta noite, a escuta do álbum No Name Face dos Lifehouse.

Esta banda não é propriamente uma das minhas top choices. Na minha opinião, produzem ocasionalmente uma faixa ou outra mais engraçada, como é o caso do “Between The Raindrops”, com a participação de Natasha Bedingfield, do álbum Almería, mas devo confessar que não satisfaz o meu EU musical.

Recordam-se do sucesso “Hanging By a Moment”? Pois é, fez parte deste primeiro trabalho da banda de Los Angeles. No Name Face foi lançado em Outubro de 2000, e “Hanging by a moment” foi o tema mais tocado nas rádios norte-americanas em 2001. Em Portugal, só atingiu o seu auge em 2002/2003, mas por cá também foi um tema muito batido, ao ponto de toda a pita apaixonada andar com a letra na ponta da língua. E sim, eu também era uma dessas miúdas apaixonadas de cabeça nas nuvens. Love was in the air. Naquela altura havia algumas bandas e artistas do mesmo género, como é o caso dos The Calling e de Michelle Branch.

Este álbum pode não ser a melhor obra musical de todos os tempos, mas num contexto romântico, é uma escolha ideal para acompanhar um encontro com “aquele alguém especial”.  Sem dúvida um add-on aos momentos “para mais tarde recordar”.

Deste trabalho, gostaria de assinalar temas como “Somewhere in Between”, “Sick Cycle Carousel”, e “Trying”; mas, no geral, é um álbum bastante coerente a nível sonoro e a nível de letras. Aliás, Jason Wade, vocalista da banda, foi considerado um pequeno prodígio por escrever letras geralmente associadas a alguém com mais idade do que Wade tinha na altura. Resta-me falar de “Everything”, o meu tema preferido deste No Name Face. É bastante lamechas, devo confessar, mas é bonito desde o início ao fim. Começa de mansinho com um violoncelo a acompanhar a voz de Jason Wade, e vai crescendo até ao grito final de “Tu és TUDO para Mim. Sim, TU!” Feliz Dia dos Namorados!

in Açoriano Oriental, 14 de Fevereiro de 2015

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