O Tremor está de regresso com o peso de um grande festival


Ponta Delgada aguarda, ansiosa, entre a bruma e a chuva. Um ano já se passou e a cidade que sempre cresce a cada Tremor está pronta para dar o próximo passo. O Tremor que conhecemos já vai na quinta edição e este ano dá o salto – sem desvirtuar o tão característico espírito de descoberta, o Tremor ganha cada vez mais o peso de um grande festival.

Os vários dias que na verdade eram um sábado forte e uma semana de Tremor a meio gás, dão lugar a uma programação cuidada, rica e repleta de espetáculos a não perder. Não faltarão os tão especiais temores na estufa e o tremor todo-o-terreno, sempre na pista dos mais aventurosos e curiosos, mas este ano há espetáculos marcados de segunda a sexta, em locais como o Teatro Micaelense, o Solar da Graça e o Arco 8, passando ainda, naquela que é a grande novidade no festival, pela cidade vizinha Ribeira Grande durante todo um dia de programação.

Como sempre, o melhor fica guardado para fim. Sábado de luxo com um mar de bandas em locais pouco comuns – ainda que, nesta fase do festival, não haja grandes surpresas -, que promete fazer tremer Ponta Delgada. E apesar do Tremor ser descoberta – a verdade é que aqui pouco importa conhecer os artistas, importa apenas ter abertura para tal -, há sempre aqueles projetos que ansiamos ver.

Já falámos de nomes como Dead Combo, Três Tristes Tigres e Ermo, mas há mais um nome que nos tem dado que ouvir – Boogarins, claro. Do Brasil trazem uma sonoridade que nos faz sentir em casa. Com um rock psicadélico ligeiro, onde volta e meia solta-se um grande solo à antiga, e uma pureza e simplicidade incríveis, os Boogarins conseguem transmitir um sentimento de amizade e bem-estar incríveis. Imperdível!

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Foto: © Direitos Reservados

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